A Delegacia de Homicídios indiciou quatro policiais militares por quatro homicídios durante uma operação no Vidigal, na Zona Sul do Rio em janeiro deste ano. A especializada também pediu o afastamento dos agentes, lotados no Grupamento de Intervenção Tática (GIT) da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP). De acordo com a investigação, as vítimas foram atingidas na cabeça por disparos feitos de cima para baixo. Os policiais estavam posicionados dentro de um apartamento no segundo andar de um prédio na favela.
Os crimes aconteceram na tarde do dia 16. Foram mortos na ocasião Douglas Rafael Barros Assunção, de 18 anos, e Ivanildo Moura de Souza, de 22, o porteiro Cláudio Henrique Nascimento de Oliveira, de 24, e o entregador de supermercado Marcos Guimarães da Silva, de 51 anos. Após serem baleados, todos foram levados pelos policiais para o Hospital Miguel Couto.
Uma testemunha afirmou à DH que os PMs que realizaram os disparos invadiram um apartamento da favela na parte da manhã e ficaram escondidos no local, que estava vazio, até a parte da tarde. As vítimas foram surpreendidas e mortas quando passavam embaixo da janela do apartamento.
Na época dos crimes, a PM alegou que houve confronto entre PMs e os homens mortos. No entanto, 11 dias depois da operação, a PM trocou o comando da CPP: saiu o coronel Jorge Pimenta e entrou o coronel Luiz Octávio Lopes, que estava à frente do 3º BPM (Méier).
Parentes de Claudio e Marcos afirmaram que seus parentes eram inocentes e que ambos foram executados, sem chance de se defenderem.
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