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sexta-feira, 27 de março de 2020

Juiz italiano mandar prender brasileiros do comando da ditadura

RESÍDUOS DA DITADURA
Um juiz italiano emitiu, na última segunda-feira (24/12), mandados de prisão contra 140 latino-americanos, acusados de participação na repressão política contra os opositores dos regimes militares da América do Sul na década de 70. Entre os acusados, 13 são brasileiros.
Seis países, sob ditaduras militares na época, promoveram a integração de suas polícias políticas para combater a oposição classificada por eles como subversão. Participaram desta ação conjunta, que ficou conhecida como Operação Condor, Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia. Só na Argentina, calcula-se que a repressão política tenha causado mais de 30 mil vítimas, entre mortos e desaparecidos.
No Brasil, acredita-se que as principais ações da Operação Condor aconteceram durante o governo do general Emílio Garrastazu Médici (1969-1974). A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
Os pedidos de prisão atingem cidadãos dos seis países integrantes da Operação Condor, todos suspeitos de terem sido cúmplices no assassinato de 25 italianos naquela época. Quase todos os integrantes da lista continuam vivendo na América Latina. Alguns deles já estão sob custódia policial.
De acordo com a lei italiana, os juízes do país podem promover investigações sobre assassinatos de cidadãos italianos cometidos no exterior.
O Itamaraty afirmou que ainda não recebeu nenhum comunicado oficial sobre o pedido de prisão dos 13 brasileiros acusados de participação nos crimes, cujas identidades não foram reveladas.
No Brasil, qualquer ação dessa natureza precisa ser informada ao Ministério das Relações Exteriores. Depois, é encaminhada ao Ministério da Justiça, que analisa caso a caso. O Itamaraty lembra também que a Constituição veta a extradição de brasileiros para que sejam processados em outros países.
Suspeitos
Segundo a agência de notícias Efe, aparecem na lista os nomes de 146 pessoas — 61 da Argentina, 32 do Uruguai, 22 do Chile, 13 do Brasil, 7 da Bolívia, 7 do Paraguai e 4 do Peru. Porém, seis dos citados já morreram, entre eles o ex-presidente chileno Augusto Pinochet.
Figuram na relação os ex-presidentes da junta militar que promoveu o golpe de 1976 na Argentina, general Jorge Rafael Videla e almirante Emilio Eduardo Massera. A BBC de Londres informa que outro ex-presidente da lista é o uruguaio Juan María Bordaberry.
O ex-integrante dos serviços secretos do Uruguai Nestor Jorge Fernandez Troccoli, de 60 anos, foi preso na cidade de Salermo, no Sul da Itália. Troccoli morava no local havia anos e será transferido para Roma, onde tem audiência marcada para este mês.
Os 140 listados enfrentam acusações que vão desde crimes pequenos até seqüestros e assassinatos múltiplos. A apuração na Itália teve início a partir de denúncias feitas por familiares de desaparecidos que tinham origem italiana.
Revista Consultor Jurídico, 26 de dezembro de 2007, 10h46

COMENTÁRIOS DE LEITORES

26 comentários
Concordo com você, amigo Hammer. A começar p...
Richard Smith (Consultor)
Concordo com você, amigo Hammer. A começar pelo japonês com cara de chacareiro de Cotia que hoje em dia está comandante da nossa outrora briosa Força Aérea! Um abraço e um feliz Ano Novo para você e todos os seus.
Que sorte para os safados ex-seqüestradores e e...
Richard Smith (Consultor)
Que sorte para os safados ex-seqüestradores e ex-terroristas ora no (des)governo "que aí está" e nas universidades e centros de estudos políticos que o MP esteja dormindo, não?!
Eh, amigo Hammer, dois reparos no seu comentári...
Richard Smith (Consultor)
Eh, amigo Hammer, dois reparos no seu comentário: a) O tribunal internacional especial de Nuremberg foi objeto de específica clausulação na ata da Conferência de Potsdam, pois haveria de se dar satisfações acerca de inúmeros delitos de guerra e contra a humanidade cometidos pelas potências do Eixo. No Brasil a coisa foi bem diferente,a começar pelo número de vítimas em relação à população toal, número muitissimo inferior ao das nações vizinhas, aonde os militares agiram com senso absoluto de barbárie. De resto, as tais vítimas (INCLUSIVE os italianos referidos pelo magistrado italiano) não foram caçadas nas ruas porque ousaram dirigir críticas ao general de plantão (como ocorre, de fato, em Cuba), mas sim por pertencerem a organizações subversivas (procurem no dicionário o significado do termo) e que não fizeram caso para adotar as mais ccruéis e violentas formas de levar a cabo o seu intento, inclusive o assassinato de pobres vigilantes, de gerentes de banco de guradas-civis; a TORTURA e o "justiçamento" de inimigos e també, de colegas! b) Essa é a raça que está aí no poder. E continuam raciocinando do mesmo modo. Só não fazem o que gostariam, porque NÃO PODEM! Porque o povo brasileiro odeia radicalaismos, de qualquer cariz. Por último, de se perguntar: a justiça italiana já prendeu ou mandou prender todos os italianso que matarm italianos e que se acham refugiados por aí (inclusive no nosso País, assessorando o PSTU, o PSOL e a senadora Heloisa Helena)? Um abraço e um feliz Ano Novo para todos (até para os imbecis/maliciosos de sempre).
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