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quarta-feira, 4 de março de 2020

De costas, policiais vaiam comandante

15 DE MAIO DE 2001



Cerca de 350 policiais militares de Londrina ficaram de costas e vaiaram o comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Londrina, tenente-coronel Robenson Máximo Fim, durante uma reunião realizada ontem no auditório do shopping Com-Tour. Os policiais gritaram por melhores salários enquanto o comandante tentava fazer uma palestra sobre motivação profissional. Máximo Fim saiu do auditório sem conseguir discursar.
O comandante do 5º BPM classificou o comportamento dos policiais como ato de insubordinação. ‘‘Foi uma falta de respeito que vai ser punida de acordo com as normas do regimento interno’’, ameaçou. Ele disse que as sanções serão decididas em Curitiba. A reivindicação das mulheres é legítima, disse o tenente-coronel, mas ele condenou os policiais que o vaiaram. ‘‘Uma coisa é não estar contente e outra é a indisciplina’’, comentou. O comando da PM em Curitiba e o secretário de Segurança, José Tavares, ‘‘já foram informados dos fatos e atos ocorridos em Londrina’’. Ele declarou que se houver responsabilidade das mulheres em algum tumulto vai haver punição também para elas. ‘‘A lei é para todos, inclusive para as mulheres’’, afirmou o comandante.
Mesmo sem abastecer as viaturas, que estão impedidas de entrar no quartel, a segurança da cidade não está comprometida, assegurou o comandante. ‘‘Tem uma rede de postos de gasolina que vai abastecer as viaturas’’, garantiu. Máximo Fim também declarou que o movimento deve arcar com as consequências se a cidade ficar desguarnecida. O tenente-coronel não tentou entrar no 5º BPM ontem, mas disse que sefosse até o local ninguém o impediria. ‘‘Se eu não puder entrar lá tenho que ir embora de Londrina’’, desafiou.
O comando da Polícia Militar do Paraná, em Curitiba, garante que irá punir os responsáveis pelo protesto dos policiais em Londrina. O comandante geral da PM, coronel Gilberto Foltran, caracterizou como ‘‘totalmente reprovável’’ a atitude dos policiais que viraram as costas para o comandante do 5º Batalhão antes do início da palestra. Ele determinou a abertura de uma sindicância interna para apurar a quebra de disciplina. ‘‘Ao rigor da lei, essa atitude é considerada crime de desrespeito e eles sabem que transgrediram’’, disse Foltran, referindo-se ao regimento que dita as regras de conduta e insubordinação dentro da Polícia Militar. (Colaborou Andréa Lombardo, de Curitiba)

De costas, policiais vaiam comandante

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