Nas imagens é possível ver os membros do Gope que foram afastados de suas funções até o fim da investigação
Depois da denúncia do POPULAR de que presos estavam sendo torturados em presídios de Goiás, vídeos das agressões foram enviados para a redação do jornal.
As imagens, consideradas fortes, mostram presos visivelmente já mobilizados, mas que continuam sob uso de força excessiva e recebendo choque nas partes íntimas. Os vídeos teriam sido gravados há um ano, segundo o promotor Marcelo Celestino.
O superintendente de Segurança Penitenciária, João Cláudio de Vieira Nunes, e o coordenador do Grupo de Operações Penitenciárias (Gope) foram afastados na sexta-feira (24) pelo secretário de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, depois que o Ministério Público de Goiás (MP-GO) recebeu, na semana passada, uma denúncia com vídeos de presos sendo torturados com uso de pistola de choque e taser. O caso, no entanto, como frisa Balestreri, não prescreve e deve ser apurado.
Procurados, João Cláudio, que é ex-coordenador do Gope, e Rodrigo Araújo, que atuava como subcoordenador, alegaram que o que foi feito é, na verdade, procedimento padrão, assim como o realizado em outras penitenciárias do País. “Isso já é um processo antigo que eu respondo, de oito anos atrás. As pessoas podem até se assustar, mas é o procedimento adotado em todo o Brasil. Foram utilizados somente meios legais”, afirma João. Até que as investigações sejam concluídas, ambos, que aparecem nas imagens, devem realizar apenas serviços administrativos.
A denúncia teria sido feita pelo ex-diretor da unidade do Semiaberto do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, Danilo Adorni, que foi afastado da função após a fuga do traficante e líder do Comando Vermelho (CV) em Goiás, Stephan de Souza Vieira, o BH, no dia 6 de novembro.
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