"Não bate arrependimento até hoje. Tenho a certeza de que cumpri o meu dever”, afirmou Luiz Fabiano de Aquino, que foi exonerado da corporação; em nota, até a própria PM repudiou a atitude: "a conduta do policial militar é inadmissível"
Por Redação
05 DE MAIO DE 2015, 09H27
“Não bate arrependimento até hoje. Tenho a certeza de que cumpri o meu dever”, afirmou Luiz Fabiano de Aquino, que foi exonerado da corporação. Em nota, até a própria PM repudiou a atitude: “a conduta do policial militar é inadmissível”
Por Redação
“Fiz apenas o meu dever”. A declaração é do ex-policial militar Luiz Fabiano de Aquino, que aparece em vídeo agredindo a médica Claudia Moss dentro de uma agência bancária na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo. Em entrevista ao G1, Aquino disse que, na verdade, foi a vítima quem cometeu um crime: impedir o direito de ir e vir das pessoas, já que permaneceu parada diante da porta giratória durante cerca de meia hora.
“No momento em que está na porta giratória, está impedindo o direito de ir e vir de quem estava dentro daquela agência”, afirmou o então soldado. De acordo com ele, Moss teria, na sequência, cometido um segundo crime ao desobedecê-lo. O ex-PM se justificou, ainda, explicando que a queda da médica foi “acidental”: “Ela efetuava força contrária à minha. Quando efetuei a força, ela ficou muito mais leve do que quando estava no interior da porta giratória. Minha mão direita perdeu o contato com a blusa dela.”
Aquino contou não se arrepender da agressão. “Não bate arrependimento até hoje. Tenho a certeza de que cumpri o meu dever”, alegou. “O policial deve escalonar a forma de atuar, da forma mais branda para a forma mais forte. Primeiro grau é a presença policial. O segundo grau é a verbalização. Já o terceiro grau é o contato físico. Foi até onde chegou”, considera.
A médica, entretanto, discorda completamente. “Como me recusasse a sair do banco, fui arrastada e jogada com violência contra a parede de vidro, caindo ao chão. Enfim. Hematomas por todo lado e o brio no chão”, escreveu no Facebook. A própria PM repudiou a atitude do ex-agente. “A conduta do policial militar é inadmissível”, informou em nota a corporação. “O policial militar que aparece na filmagem foi exonerado.” Segundo o Diário Oficial do estado, o procedimento ocorreu em 22 de outubro do ano passado. Atualmente, Aquino não trabalha mais no ramo de segurança.
O caso aconteceu em 1º de agosto de 2014, mas repercutiu depois que as imagens caíram nas redes sociais.
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