Entre elas, nove são policiais civis segundo inquérito enviado ao MPPE.
Cinco pessoas estão presas, incluindo o delegado titular.
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A operação Corsário, que apura suspeita de corrupção na Delegacia Crimes Contra a Propriedade Imaterial, indiciou catorze pessoas, entre elas nove policiais civis. O inquérito foi enviado nesta sexta-feira (23) pela Delegacia de Crimes contra a Administração Pública (Decasp) da Polícia Civil para análise do Ministério Público.
O delegado de polícia Fernando de Souza Filho, responsável pelas investigações, informou que não falará à imprensa, atendendo a uma recomendação do Ministério Público e da Justiça Estadual.
O delegado de polícia Fernando de Souza Filho, responsável pelas investigações, informou que não falará à imprensa, atendendo a uma recomendação do Ministério Público e da Justiça Estadual.
O esquema foi desarticulado na semana passada. Desde então, a delegacia de combate à pirataria, como é conhecida, está fechada e o delegado titular foi apontado pela polícia como chefe do grupo suspeito de corrupção passiva e formação de quadrilha. Ele e outros quatro policiais estão presos no Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima. O delegado tem 28 anos e está na polícia desde 2008. A Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) também instaurou um processo administrativo disciplinar, que pode resultar na demissão dos policiais envolvidos.
A quadrilha é acusada de cobrar propina de comerciantes e fabricantes para liberar produtos apreendidos. Quando a propina era paga antecipadamente, as apreensões não chegavam a acontecer. As investigações da Decasp sobre o crime começaram em janeiro do ano passado, após uma denúncia anônima.
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A maior parte do dinheiro apreendido durante a ação estava na casa de uma comerciante chinesa suspeita de vender produtos piratas no centro do Recife. A polícia também apreendeu dois veículos, computadores, celular, cocaína, comprimidos de ecstasy, substâncias anabolizantes, um revólver calibre 38 e documentos que deviam estar em poder da Justiça.
Segundo a polícia, os investigados se aliavam a grupos criminosos para reprimir grupos rivais, levando à promoção pessoal desses policiais dentro da instituição. O delegado informou que há imagens com áudios provando essas práticas, mas o material está sob segredo de Justiça.
Os suspeitos devem ser indiciados por corrupção passiva, peculato (desvio e apropriação de material apreendido na Delegacia), falsidade ideológica, condescendência criminosa (saber que outros servidores praticam um crime e não os denunciar) e formação de quadrilha. Caso sejam condenados, eles podem pegar até 15 anos de prisão.
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