Uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Unidade Regional Ipatinga, resultou na prisão de uma ex-servidora do setor administrativo da Delegacia de Polícia Civil em Coronel Fabriciano.
Patrícia Ribeiro dos Santos, de 30 anos, é acusada de fraudar guias de arrecadação e de ficar com os valores das fianças pagas por pessoas presas em flagrante. Com a prisão temporária decretada pela Justiça e cumprida nessa segunda-feira (16), Patrícia é acusada de peculato, falsidade documental e associação criminosa, entre outros delitos. Além da prisão, também foi decretada busca e apreensão de documentos e equipamentos de informática na residência de Patrícia.
O caso começou a ser investigado em junho de 2017,
Patrícia Ribeiro é ex-servidora do setor administrativo da Delegacia de Polícia Civil em Coronel Fabriciano
quando foi instaurado o Procedimento Investigativo Criminal pelo Ministério Público. A fraude se dava porque as pessoas presas em flagrante e conduzidas para a Delegacia da PC prestam depoimento, têm arbitrada fiança pelo delegado de plantão e pagam os valores estabelecidos, em cartório, junto ao escrivão de polícia.
O pagamento é registrado em um livro especial, com termos de abertura e de encerramento, numerado e rubricado em todas as suas folhas pela autoridade, destinado especialmente aos termos de fiança. Em seguida, o valor é recolhido, por funcionários da delegacia, à repartição arrecadadora federal ou estadual com a anexação, aos inquéritos, dos recibos autenticados pelo banco.
Na delegacia de Coronel Fabriciano Patrícia fazia esse trabalho. Recolhia os valores das fianças nos cartórios, inclusive os enviados pelo plantão regionalizado em Ipatinga e era incumbida de providenciar os depósitos bancários. Mas nem todos os valores foram depositados, conforme apurou o Gaeco.
Pesquisa de juiz de Direito descobriu o primeiro caso
O primeiro caso foi descoberto quando um juiz de Direito decidiu pedir ao Banco do Brasil a confirmação do pagamento da fiança e a instituição bancária informou que a autenticação da quitação na guia era falsa.
A partir desse caso, e por requisição da representante do Ministério Público em Coronel Fabriciano, os integrantes do Gaeco, que tem o delegado Gilmaro Alves Ferreira como integrante, além de membros do Ministério Público Estadual, iniciaram o cruzamento de dados do livro de fianças e guias pagas, quando dezenas de casos de fraudes foram descobertos. O montante apurado em 25 casos investigados com as fraudes soma R$ 32.587. O Gaeco também investiga o envolvimento de outras pessoas na fraude.
Ex-servidora estava envolvida em outro escândalo, segundo a PC
Em março de 2018 a servidora já havia sido denunciada, com mais quatro pessoas, por fraudes que envolviam o setor de habilitação de condutores na Delegacia de Coronel Fabriciano.
Nesse caso o delito consistia em um esquema para a venda do gabarito do exame de habilitação (Legislação). Naquela época a servidora "ad doch" foi demitida do trabalho.
Decretada a prisão de ex-servidora de delegacia da PC em Coronel Fabriciano - Portal Diário do Aço
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