Velório começou as 06:00h na rua São José
Por AGORA RN
O velório terá início às 6 horas deste domingo no Centro de Velório da rua São José, com missa às 15 e sepultamento às 16 horas, no cemitério Morada da Paz, em Emaús. Maurílio deixa mulher (Clarissa) e quatro filhos (Ana Cláudia, Adriana, Maurílio Júnior e Fabiana).
Segundo Ana Cláudia Medeiros, filha mais velha de Maurílio, antes da internação hospitalar, seu pai vinha se queixando de dores no pé, após sofrer uma pancada. “Percebemos que o ferimento estava piorando a cada dia, chegando inclusive a inflamar. Resolvemos, então, levá-lo ao hospital para iniciar o tratamento. O problema é que, devido ao diabetes, ele já apresentava problemas de circulação. Também não estava respondendo satisfatoriamente à medicação. Foi quando os médicos resolveram amputar um dos dedos do pé esquerdo. Só que o problema circulatório continuou e aí foi preciso amputar a perna. Ele chegou a ser entubado e precisou de doações de sangue. A partir daí, vinha se recuperando bem, até ter essa piora”, relatou.
De acordo com ela, desde que Maurílio se aposentou, em 2011, vinha mantendo uma rotina tranquila. “Devido à limitação de mobilidade, por conta do AVC, que comprometeu os movimentos do lado esquerdo, meu pai preferia ficar em casa, curtindo os filhos, netos e bisneta. Sempre estava lendo alguma coisa em seu escritório, recebendo amigos e se atualizando nos fatos cotidianos. Nunca deixou de ajudar a quem lhe pedisse um favor”.
Desde que começou a carreira na polícia, em 1964, como motorista do pai – coronel PM Bento Manoel de Medeiros -, a trajetória de vida de Maurílio Pinto de Medeiros foi sempre marcada com êxito no seu trabalho de investigar e elucidar crimes diversos, desde assassinatos a sequestros.
Para ele, que dizia não temer a morte, somente a covardia humana, não existia crime sem solução. Era contra a pena de morte, mas defendia leis mais duras contra os bandidos. De voz mansa e olhar penetrante, Maurílio foi um policial nato, onde parecia prevê algo, antes de delegar alguma missão a sua equipe de agentes. Na maioria das ‘botadas’ (investidas) que dava, quadrilhas inteiras eram presas.
Considerado o maior delegado do Rio Grande do Norte, ele dedicou 47 anos ininterruptos à Polícia Civil, onde deixa um legado de competência, talento e honestidade.
Mesmo após ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC), há 17 anos, o “Xerife” – apelido que recebeu dos colegas, após receber o título de xerife e uma insígnia em forma de estrela, durante um curso no Texas (EUA), em 1997 – seguiu no comando da Delegacia Especializada em Capturas e Polinter (DECAP), levando à prisão, inúmeros criminosos de alta periculosidade. Maurílio também coordenou a Central de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do RN.
“Mão Branca”
Em 2001, o ex-presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos do Rio Grande do Norte, Roberto de Oliveira Monte, acusou Maurílio Pinto, de chefiar um grupo de extermínio responsável por dezenas de mortes, entre as quais a do advogado Gilson Nogueira Carvalho. O advogado foi morto com 17 tiros no dia 20 de outubro de 2001, após denunciar assassinatos e torturas cometidas supostamente por agentes policiais.
A partir daí, o Ministério Público criou uma comissão de investigação independente que, após ouvir mais de 100 testemunhas, teria concluído que “a Polícia Civil e funcionários da Secretaria de Segurança Pública haviam cometido os crimes investigados” e classificou os acusados como integrantes de um grupo de extermínio conhecido como “Meninos de Ouro”, comandado por Maurílio, na época secretário-adjunto de Segurança Pública.
Em 1997, o então ministro da justiça, Nelson Jobim, pediu ao governador Garibaldi Alves Filho, a exoneração de Maurílio da chefia da Polícia Civil. A solicitação foi atendida pelo chefe do Executivo.
O delegado admitiu alguns erros – ‘mesmo sem maldade’ -, fazer escutas telefônicas sem autorização judicial, mas negou veementemente comandar o suposto grupo de extermínio (Mão Branca).
Contudo, em caso de revide, por parte do crime, Maurílio era incisivo ao concordar que ‘bandido bom é bandido morto’.
Em 2014, ele foi inocentado da denúncia de improbidade administrativa em consequência dos grampos telefônicos.
- Um Homem Justo Nos Seus Interrogatórios Digo Eu,Rigorosamente Na Lei,Deus Lembre Da Alma Dele Dr Maurílio Pinto De Medeiros
- Conheci Maurilio e com todo segurança posso afirmar que jamais no RN vai aparecer um delegado com tanta vontade de trabalhar pela segurança pública com Maurilio fez, era incansável no combate e elucidação de crimes. VAI COM DEUS MAURILIO!
- Vai com Deus, vai demorar muito ter um homem desse teor de competencia e moral. "Aprendam os que vierem".
- Mais Maurilio menos "Direitos dos manos" Onde o povo de bem vive preso ou sai de casa escondido da Vagabundagem que ainda é taxada como vítima da sociedade. Sociedade está que paga altas taxas tributária, muitas delas para sustentar bandidos desde o ladrão de galinha até o de colarinho branco!
- Descanse em Paz Dr. Maurílio, o senhor cumpriu sua missão aqui na terra com muita Honradez … Dignidade … Luta … foi a única época em que nossa Cidade teve segurança de verdade é que podíamos andar na rua sem medo. Fica com Deus.
- Descanse em Paz Dr. Maurílio, o senhor cumpriu sua missão com muita Honradez … Dignidade … Luta … foi a única época em que nossa Cidade teve segurança de verdade é que podíamos andar na rua sem medo. Fica com Deus.
- Todo mundo sabe que o meninos de ouro não era Maurílio, e tem outra , se fosse seria mais guerreiro ainda, exemplo de ser humano. Eterno xerife.
- Quero mais Maurílio pinto na segurança do nosso estado não quero nem saber de grupos de esterminios ou meninos de ouro quero é que mate bandidos bandidos bons e bandidos mortos valeu xerife
- O Xerife da EIN
Nós ex-alunos da Escola Industrial de Natal dos anos 60 – atual IFRN, Instituto Federal de Educação Tecnológica – acompanhamos com muita alegria ao longo dos anos o sucesso profissional do colega Delegado Maurílio Pinto de Medeiros. Satisfação maior quando vimos a sociedade norte-rio-grandense o considerar como nossa maior referência em Segurança Pública. O Xerife – como ficou consagrado – era presença sempre festejada nos encontros anuais de ex-alunos realizados no mês de setembro no espaço dos trabalhadores da Petrobrás, localizado na estrada do Jiqui. A morte de Maurílio não enluta apenas seus ex-colegas de EIN, mas toda a sociedade norte-rio-grandense. Pêsames. - Não sei se Dr Maurílio foi mesmo o chefe dos meninos de ouro mas uma coisa tenho serteza o mão branca e isso meninos de ouro foram os polícias que melhor prestaram serviço ao RN e Dr Maurílio pinto foi o cidadão que mais contribuiu para a nossa segurança a maior perda que a segurança do RN já teve
Descanse em paz Dr Maurílio- Bom dia. Sr Domingos, certeza com "S". Desse jeito o sr quebra a banca.