Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

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domingo, 25 de novembro de 2012

POLÍCIA AGRIDE MANIFESTANTES


 22 DE MARÇO DE 2012
 
Chiado: jornalistas contam como foram agredidos.
José Sena Goulão , da agência Lusa, e Patrícia Melo Moreira, da France Press, foram
os rostos mais visíveis dos confrontos entre a polícia e os manifestantes,
esta quinta-feira, no Chiado. Esta tarde, os fotojornalistas descreveram os
momentos que antecederam a carga policial e que deram origem às imagens que já correram mundo. 

«Estava a subir a rua com a Patrícia, ficámos para trás a enviar algumas
fotografias, apanhámos a manifestação já a chegar à zona da brasileira com as
carrinhas de intervenção todas e começamos a correr», descreveu José Sena
Goulão, fotografo da agência Lusa.

«Quando começamos a correr vejo um rapaz que está já com sangue e a atirar
sangue para cima da polícia, tentei fotografar essa situação, quando isso
acontece, eu vejo-me no meio do cordão policial e dos manifestantes e quando
começo a vê-los a avançar, avanço na direção deles a dizer: sou jornalista e
faço o sinal "deixem-me passar para o lado de lá" e nesse momento
levei a bastonada, depois atiraram-me ao chão e eu a gritar repetidamente,
entrei completamente em pânico, a gritar sou jornalista, sou jornalista e
continuaram a bater-me no chão, na cabeça, nas pernas», descreveu. 

José Sena Goulão diz que da maneira como estava a gritar era «impossível não
terem ouvido» que era jornalista. Goulão vai mais longe: «Pela cara do polícia
ainda parecia que eu ao dizer que era jornalista ainda incentivava mais a
bater», explicou dizendo que foram «agressões gratuitas» e que estava ali «há
um minuto».

Patrícia Melo Moreira faz uma descrição idêntica dos factos.

«Nós começamos a fotografar, os ânimos já estavam muito exaltados, já havia
coisas pelo ar, dos polícias e dos manifestantes, e nisto os polícias irrompem
pela esplanada e nós a fazer o nosso trabalho, a fotografar», começou por
explicar. 

«Como já assisti a imensas situações destas sei que devo ficar de lado, fiquei
de lado, estava a fotografar quando um polícia vem direito a mim e me manda ao
chão. Eu entretanto levanto-me, puxo do cartão de imprensa do bolso para lhe
tentar mostrar, vou direito a ele para lhe tentar mostrar o cartão e ele
empurra-me de novo e manda-me ao chão e foi aí que um manifestante me tenta
levantar do chão», contou. 

Os fotojornalistas descreveram as agressões esta tarde junto à Direção Nacional
da PSP, numa ação de solidariedade com os jornalistas agredidos. Cerca de 80
profissionais, a maioria da Lusa, entregaram uma carta de protesto contra a
atuação da polícia. 
Cerca de 80 jornalistas, na maioria da agência da Lusa, junbtaram-se em protesto contra a violência policial frente à
Direção Nacional da PSP
Paulo Flor, porta-voz da Direção Nacional foi até junto dos jornalistas, disse compreender a ação de solidariedade, lamentou os incidentes e adiantou que os casos seguem para investigação.

Por: Redacção / CLC | 23-3- 2012 18: 19

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