DO GAROTO BALEADO............
Três PMs prestaram depoimentos nesta quinta
Policiais Militares prestaram os últimos depoimentos nesta quinta
Policiais disseram detalhes sobre a noite do crime
O juiz Mauro Antony questiona policial sobre a noite do crime
Policiais Militares prestaram os últimos depoimentos nesta quinta
Três policiais militares foram ouvidos na manhã desta quinta
Três policiais militares foram ouvidos na manhã desta quinta
Três PMs prestaram depoimentos nesta quinta
Policiais disseram detalhes sobre a noite do crime
Seis dos sete policiais que atiraram em adolescente de 14 anos são presos no Amazonas
Foto: ReproduçãoPolicial atira à queima-roupa em jovem de 14 anos
A Justiça decretou a prisão de sete envolvidos no caso do adolescente de 14 anos que foi baleado por Policiais Militares em Manaus (AM). Seis deles, cinco soldados e um cabo, já foram detidos, o sétimo encontra-se foragido. O pedido de detenção foi feito pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP).
Diferente do garoto violentado, a maioria dos policiais envolvidos no caso já possuía antecedentes criminais, quase todos relativos a abuso de autoridade. O caso chegou a píblico na última terça (22), a partir de um vídeo divulgado por uma emissora de TV local, no qual o garoto é cercado por soldados da força tática de Manaus (AM) e, ao ficar sozinho com um dos policiais, é alvejado com um tiro no pulmão. O adolescente fica sem ter para onde correr e, ainda em pé, é alvo de mais quatro tiros à queima-roupa.
Os tiros atingiram a barriga e a mão do garoto que, recentemente, foi incluso no Programa Estadual de Proteção a Vítimas Ameaçadas, por meio do Centro de Apoio Operacional de Combate ao Crime Organizado.
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PMs acusados de atirar contra adolescente são absolvidos
As imagens obtidas com exclusividade pela Rede Calderaro de Comunicação mostram policiais militares da Força Tática, humilhando, agredindo e atirandocontra um adolescente de 14 anos. O crime foi na madrugada do dia 17 de agosto de 2010, no final da rua 50, no bairro Amazonino Mendes, Zona Norte
O conselho de sentença decidiu, por unanimidade, pela absolvição do ex-soldado da Polícia Militar André Luiz Castilhos Campos e do soldado Rosivaldo de Souza Pereira. Eles foram levados a julgamento nesta terça-feira (07), acusados dos crimes de roubo qualificado e tentativa de homicídio qualificado contra um adolescente de 15 anos, morador do bairro Jorge Teixeira, na Zona Leste.
O promotor de justiça Ednaldo Medeiros, que atuou no julgamento, recorreu da sentença alegando que a decisão dos jurados foi manifestante contrária aos autos. Ele disse que os jurados não reconheceram a materialidade do crime. Segundo Ednaldo, as imagens feitas por uma câmera do supermercado DB, localizado na Avenida Autaz Mirim, mostram claramente o momento em que Castilhos atirou contra o adolescente.
Além dessas imagens, a defesa usou nas imagens feitas por câmeras do Ciops, que mostram momentos antes de o ex-soldado ter atirado em direção ao jovem, onde aparece um grupo de adolescentes na rua, entre eles a vítima.
Na ocasião, um deles atirou uma vez contra o grupo de policiais. Defesa e acusação usaram principalmente as imagens para sustentar seus debates, além de testemunhos, a maioria de acusação, e policiais militares que destacaram o bom desempenho dos acusados em suas atividades. A principal testemunha de defesa, um mototaxista que teria sido assaltado pelo grupo de adolescentes, não foi localizado.
O juiz que presidiu o julgamento, Mauro Antony, chegou a expedir um mandado de condução coercitiva para o mototaxista e um oficial de justiça, com um grupo de policiais militares , saiu para cumprir o mandado. No entanto, a testemunha não foi encontrada.
Relembrando o caso
Nas imagens obtidas com exclusividade pela Rede Calderaro de Comunicação mostram policiais militares da Força Tática, humilhando, agredindo e atirando contra um adolescente de 14 anos. O crime foi na madrugada do dia 17 de agosto de 2010, no final da rua 50, no bairro Amazonino Mendes, Zona Norte.
Nas imagens policiais militares da Força Tática (FT) se dirigem ao final da rua 50, no bairro Amazonino Mendes, Zona Norte de Manaus. Eles param as pessoas que passam pelo local, vasculham bueiros, invadem quintais, procuram algo. Toda a ação é filmada por uma câmera de vigilância.
De repente, um dos cinco PMs analisa minuciosamente uma arma, que é passada a outro policial. Surge um garoto de camisa vermelha e bermuda clara. Começa a sessão de violência e tortura psicológica.
O garoto tem um cordão e uma pulseira arrancada na marra, leva um soco, é cercado pelos policiais que sacam suas pistolas. Ele fica acuado entre o muro e os PMs. Uma arma é apontada para seu rosto. O menino empurra o cano do revólver e se encolhe com medo. Ele chora muito enquanto um dos soldados volta a mantê-lo na mira. O PM se aproxima, olha para os lados, aponta e atira .
O tiro de pistola PT.40 é à queima-roupa e atinge o menino na barriga. Ele tenta fugir da mira do PM, que o segue e atira novamente.
Mesmo baleado duas vezes o adolescente ainda se mantém de pé, atordoado. Quando o policial se preparava para dar um tiro de misericórdia, surge um outro PM que atira entre o soldado e o garoto ferido. Os dois policiais discutem, os cachorros da vizinhança latem, os moradores escondidos se esgueiram para assistir a cena.
Um terceiro tiro é dado e o adolescente é empurrado mais de cem metros até as viaturas 1667 e 1668 da FT estacionadas na rua 1. No caminho o garoto perde as forças e senta no meio da rua 50.
Ele é encaminhado ao Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo, a poucos metros dali, onde é internado.
No dia seguinte, A CRÍTICA vai ao local e apura a versão dos policiais. O sargento Hércules Duarte, subcomandante da Força Tática do CPA Norte, alega que o garoto era “soldado do tráfico” e que seus subordinados atiraram para se defender, pois haviam sido recebidos a tiros.
O adolescente de 14 anos sobreviveu aos três tiros e voltou para casa após dez dias de internação. “Meu filho teve parte do pulmão perfurado e passou por cirurgia. Foi um milagre não ter morrido”, lembrou a mãe dele. Com medo da polícia, a família se mudou.
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