São Paulo
Resultado da manisfestação anti Bush frente o policiamento Serrista
Fomos em dois fotógrafos acompanhar a passeata na avenida Paulista, onde ocorreram atos pelo dia internacional das mulheres e manisfestações de protesto contra a presença do inominável presidente estadunidense (é assim que devemos nos referir aos nascidos nos EUA, pois americanos somos todos nós).
Após algumas horas de manisfestações pacíficas a passeata chegou ao MASP e os manisfestantes foram convidados para tomar o vão do museu e prosseguir com os atos de protesto. De repente uma bomba de gás pimenta estourou do nosso lado (ca. de 17hs), os estilhaços da bomba atingiram uma mulher provocando graves ferimentos. Na seqüência várias outras bombas estouraram e a tropa de choque da polícia militar partiu pra cima dos manifestantes ocupando parte da Paulista antes dominada pela passeata. Logo em seguida um manifestante desmaiado foi socorrido, provavelmente intoxicado pelo gás pimenta. Minutos depois uma manifestante de um grupo vestido de palhaços e mímicos também foi socorrida. Cerca de 40 min depois a mulher atingida pelos fragmentos da bomba de gás pimenta foi transportada para receber atendimento médico, nesse momento a situação estava se acalmando e a área tomada pelos policiais durante o conflito já tinha sido retomada pela manifestação.
Coronel Brandão, um dos comandantes da Policia Militar responsáveis pelo policiamento, concedeu uma rápida entrevista perto das 18hs no local do conflito, onde alegou que a ação da policia foi em resposta a pedras atiradas por manifestantes contra os policiais que formavam um cordão de isolamento para permitir o trânsito de veículos em um dos sentidos da Paulista. Também afirmou que os recursos utilizados foram armas não letais, e que eles estavam acima de tudo visando a manutenção da ordem para garantir a segurança dos manifestantes e que no atual momento a ordem teria sido estabelecida, podendo os protestos prosseguir sem riscos.
No entanto, o fato de vitímas civis terem sido atingidas pela ação da policia, causou constrangimento quando o cel. Branão foi questionado sobre a ausência de identificação no uniforme de diversos membros de sua corporação e sobre a intensidade da repressão empreendida, desconversou...
Após o ?estabelecimento da ordem? pelos policiais, a manifestação foi esvaziada, sendo que às 19hs menos de ¼ dos manifestantes aderiam ao protesto, assim mais uma vez a policia mostrou sua eficiência em conter não a violência em protestos legítimos, mas sim em esvaziar as iniciativas contrárias ao status quo e amedontrar os cidadãos interessados em se expressar.
Consideramos válidas as criticas sobre a manifestação ter ocorrido na av. Paulista ao invés de próximo ao hotel Hilton, onde o inominável se hospedaria horas mais tarde, mas deixamos uma pergunta: Como seriam os esforços da situação para o ?estabelecimento da ordem? em uma manifestação realmente visível para a comitiva do inominável? frente às medidas de seguranças (infelizmente para os Talebans) adotadas para sua proteção .
saudações
Texto de Luís Coelho e fotos de Rodrigo Hypolitho
Após algumas horas de manisfestações pacíficas a passeata chegou ao MASP e os manisfestantes foram convidados para tomar o vão do museu e prosseguir com os atos de protesto. De repente uma bomba de gás pimenta estourou do nosso lado (ca. de 17hs), os estilhaços da bomba atingiram uma mulher provocando graves ferimentos. Na seqüência várias outras bombas estouraram e a tropa de choque da polícia militar partiu pra cima dos manifestantes ocupando parte da Paulista antes dominada pela passeata. Logo em seguida um manifestante desmaiado foi socorrido, provavelmente intoxicado pelo gás pimenta. Minutos depois uma manifestante de um grupo vestido de palhaços e mímicos também foi socorrida. Cerca de 40 min depois a mulher atingida pelos fragmentos da bomba de gás pimenta foi transportada para receber atendimento médico, nesse momento a situação estava se acalmando e a área tomada pelos policiais durante o conflito já tinha sido retomada pela manifestação.
Coronel Brandão, um dos comandantes da Policia Militar responsáveis pelo policiamento, concedeu uma rápida entrevista perto das 18hs no local do conflito, onde alegou que a ação da policia foi em resposta a pedras atiradas por manifestantes contra os policiais que formavam um cordão de isolamento para permitir o trânsito de veículos em um dos sentidos da Paulista. Também afirmou que os recursos utilizados foram armas não letais, e que eles estavam acima de tudo visando a manutenção da ordem para garantir a segurança dos manifestantes e que no atual momento a ordem teria sido estabelecida, podendo os protestos prosseguir sem riscos.
No entanto, o fato de vitímas civis terem sido atingidas pela ação da policia, causou constrangimento quando o cel. Branão foi questionado sobre a ausência de identificação no uniforme de diversos membros de sua corporação e sobre a intensidade da repressão empreendida, desconversou...
Após o ?estabelecimento da ordem? pelos policiais, a manifestação foi esvaziada, sendo que às 19hs menos de ¼ dos manifestantes aderiam ao protesto, assim mais uma vez a policia mostrou sua eficiência em conter não a violência em protestos legítimos, mas sim em esvaziar as iniciativas contrárias ao status quo e amedontrar os cidadãos interessados em se expressar.
Consideramos válidas as criticas sobre a manifestação ter ocorrido na av. Paulista ao invés de próximo ao hotel Hilton, onde o inominável se hospedaria horas mais tarde, mas deixamos uma pergunta: Como seriam os esforços da situação para o ?estabelecimento da ordem? em uma manifestação realmente visível para a comitiva do inominável? frente às medidas de seguranças (infelizmente para os Talebans) adotadas para sua proteção .
saudações
Texto de Luís Coelho e fotos de Rodrigo Hypolitho
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