Contra senhora
4/10/2012 03:44:16
Agentes do Pelotão de Patrulhamento Tático defendem-se da acusação publicada há duas edições
Texto: Maria Júlia Manzi
Há duas semanas, o Jornal Palhocense publicou uma matéria sobre um caso de suposta agressão policial a uma funcionária pública municipal de 58 anos, Maria Silva*. Segundo ela, ao buscar seu filho na Delegacia ela teria sido agredida, verbal e corporalmente, por um policial militar.
Os palavrões, que supostamente teriam sido gritados por ele em frente ao órgão, no centro da Cidade, chocavam pela sua baixeza e agressividade. Maria também teria registrado junto ao Instituto Geral de Perícia (IGP) as marcas deixadas pelas sacudidas e apertões que teria levado no braço.
A audiência, no Juizado Especial Criminal, já está agendada para o dia 15 de outubro.
Esta semana, no entanto, policiais militares procuraram o jornal para dar a sua versão na história.
Segundo o cabo João Hercílio da Silva, por ela acusado, não foi bem aquilo que aconteceu. Ele e o cabo Martins, que também estava presente no momento da suposta agressão, registraram um boletim de ocorrência no mesmo dia contra Maria Silva.
Segundo consta no documento, ela teria invadido uma sala da Delegacia que é de uso exclusivo da Polícia Militar, enquanto os dois policiais preenchiam algumas fichas. “Tentamos pedir, com gentileza, para que ela se retirasse. Mas, como ela se recusou, tivemos que pegá-la pelo braço e retirá-la. Em momento algum, eu, que sou o comandante da guarnição, com quase 30 anos de serviço e medalha de honra, ou qualquer um de nós, falamos nenhuma daquelas baixarias”, defende o cabo Hercílio.
No dia, os dois cabos estavam na delegacia por causa de outra apreensão, sem nenhuma relação com o caso do filho de Maria.
O boletim de ocorrência acusa Maria Silva de perturbação do sossego e do trabalho alheio. Os policiais também afirmam que ainda não foram intimados para a audiência de 15 de outubro que ela ajuizou contra o Estado.
Antecedentes criminais
Os dois policiais contam que não é a primeira vez que os "ataques" de Maria Silva geram confusão. “Esta senhora infelizmente nega o que o filho faz. Toda vez que ele é preso, ela aparece rapidamente. Como ele é maior de idade, nem haveria essa necessidade, mas ela sempre acompanha os procedimentos. Mas, de uma forma que ela não respeita os policiais em serviço”, reclama o cabo Martins.
O policial do 16º Pelotão de Patrulhamento Tático mostra diversos boletins de ocorrência correspondentes às vezes em que o filho de Maria foi preso. “São pelo menos sete casos de furto a residência, outros de porte ilegal de armas. Já chegamos a apreender com ele 12 televisões de LCD. E ele ainda usa o carro que está em nome da mãe pra cometer os crimes...”, aponta Martins.
Mães enfrentam policiais
O cabo Hercílio entende a situação de Maria como mãe: “Sinto muito por ela, como mãe, ter um filho de alta periculosidade como esse. Nós sabemos que as mães sempre vão defender seus filhos e nessas três décadas de serviço já vi várias e várias vezes mães tomando posições defensivas em relação aos seus filhos”.
Martins, completa: “Ela precisa entender que quem traz problema pra ela é o filho, não os policiais. Ela não gosta do PPT, mas o nosso trabalho é manter a ordem pública, do qual o filho dela é infrator”.
* A pedido da fonte foi colocado um nome fictício.
Há duas semanas, o Jornal Palhocense publicou uma matéria sobre um caso de suposta agressão policial a uma funcionária pública municipal de 58 anos, Maria Silva*. Segundo ela, ao buscar seu filho na Delegacia ela teria sido agredida, verbal e corporalmente, por um policial militar.
Os palavrões, que supostamente teriam sido gritados por ele em frente ao órgão, no centro da Cidade, chocavam pela sua baixeza e agressividade. Maria também teria registrado junto ao Instituto Geral de Perícia (IGP) as marcas deixadas pelas sacudidas e apertões que teria levado no braço.
A audiência, no Juizado Especial Criminal, já está agendada para o dia 15 de outubro.
Esta semana, no entanto, policiais militares procuraram o jornal para dar a sua versão na história.
Segundo o cabo João Hercílio da Silva, por ela acusado, não foi bem aquilo que aconteceu. Ele e o cabo Martins, que também estava presente no momento da suposta agressão, registraram um boletim de ocorrência no mesmo dia contra Maria Silva.
Segundo consta no documento, ela teria invadido uma sala da Delegacia que é de uso exclusivo da Polícia Militar, enquanto os dois policiais preenchiam algumas fichas. “Tentamos pedir, com gentileza, para que ela se retirasse. Mas, como ela se recusou, tivemos que pegá-la pelo braço e retirá-la. Em momento algum, eu, que sou o comandante da guarnição, com quase 30 anos de serviço e medalha de honra, ou qualquer um de nós, falamos nenhuma daquelas baixarias”, defende o cabo Hercílio.
No dia, os dois cabos estavam na delegacia por causa de outra apreensão, sem nenhuma relação com o caso do filho de Maria.
O boletim de ocorrência acusa Maria Silva de perturbação do sossego e do trabalho alheio. Os policiais também afirmam que ainda não foram intimados para a audiência de 15 de outubro que ela ajuizou contra o Estado.
Antecedentes criminais
Os dois policiais contam que não é a primeira vez que os "ataques" de Maria Silva geram confusão. “Esta senhora infelizmente nega o que o filho faz. Toda vez que ele é preso, ela aparece rapidamente. Como ele é maior de idade, nem haveria essa necessidade, mas ela sempre acompanha os procedimentos. Mas, de uma forma que ela não respeita os policiais em serviço”, reclama o cabo Martins.
O policial do 16º Pelotão de Patrulhamento Tático mostra diversos boletins de ocorrência correspondentes às vezes em que o filho de Maria foi preso. “São pelo menos sete casos de furto a residência, outros de porte ilegal de armas. Já chegamos a apreender com ele 12 televisões de LCD. E ele ainda usa o carro que está em nome da mãe pra cometer os crimes...”, aponta Martins.
Mães enfrentam policiais
O cabo Hercílio entende a situação de Maria como mãe: “Sinto muito por ela, como mãe, ter um filho de alta periculosidade como esse. Nós sabemos que as mães sempre vão defender seus filhos e nessas três décadas de serviço já vi várias e várias vezes mães tomando posições defensivas em relação aos seus filhos”.
Martins, completa: “Ela precisa entender que quem traz problema pra ela é o filho, não os policiais. Ela não gosta do PPT, mas o nosso trabalho é manter a ordem pública, do qual o filho dela é infrator”.
* A pedido da fonte foi colocado um nome fictício.
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