21/02/2011
Da Polícia Militar de São Paulo
Manifestantes contra aumento da passagem de ônibus foram brutalmente agredidos
Assistente social Vinícius Boim é agredido pela polícia em SP (foto: Fernando Cavalcanti/UOL)
Na última quinta-feira, 17 de fevereiro, um grupo de aproximadamente 400 manifestantes que protestavam contra o aumento absurdo das tarifas de ônibus na cidade de São Paulo (SP) entrou em choque com a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e com a Polícia Militar (PM).
Concentrados em frente à sede da Prefeitura da cidade, no Viaduto do Chá, integrantes do grupo caminharam em direção a algumas barreiras de segurança que preveniam o ato de se aproximar da entrada do prédio. Em contrapartida, a PM paulista entrou em ação, reprimindo o ato com bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha, no intuito de dispersar o protesto.
No meio da confusão, o assistente social Vinícius Figueira Boim, servidor da Secretaria Municipal de Saúde e candidato a 2º Secretário pela Chapa "Unindo Forças e Ousando na Luta" do CRESS/SP, foi violentamente agredido pelos policiais, com chutes e golpes de cassetetes quando a vítima estava imobilizada no chão, como demonstram fotos de jornais presentes no momento do ato. O assistente social precisou de cuidados médicos e foi internado no Hospital do Servidor Público Municipal, onde ainda encontra-se hospitalizado.
O CFESS vem a público repudiar toda forma de violência, especialmente a cometida por agentes públicos contra a população que luta por condições mais justas e dignas para a classe trabalhadora brasileira. Em uma conjuntura regulada pela lógica devastadora do capital, o Conjunto CFESS/CRESS reafirma e fortalece a defesa da ética e dos direitos humanos, na perspectiva de reconhecer, analisar e se contrapor a todas as formas de dominação e repressão do capital nos dias de hoje, tendo como mais um exemplo o abusivo aumento de tarifas de ônibus na capital paulista.
O compromisso do CFESS com o Projeto Ético-político profissional, expressos nos valores e princípios estabelecidos no Código de Ética dos/as Assistentes Sociais, mobiliza a categoria para a luta em defesa de uma cultura política com direção emancipatória, além de sensibilizar para a busca por melhores condições de vida para a população e por formas de intervir contra todos os processos de degradação da vida humana. Nesse sentido, o CFESS, somando-se ao repúdio emitido pelo CRESS/SP e pelos integrantes do movimento duramente reprimido na capital paulista, exige que os atos cometidos pela PM do estado sejam apurados imediata e rigorosamente.
Ato PúblicoPara protestar contra a violência policial, haverá um ato na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), onde o assistente social agredido é mestrando em Serviço Social, nesta terça-feira, dia 22, às 19h. A manifestação será realizada na própria PUC-SP. Já confirmaram presença o Sindicato dos Servidores Municipais, o CAS, o CRESS/SP, oTribunal Popular, a UJC, alunos, ex-alunos da graduação e da pós em Serviço Social. O CFESS também participará e será representado pela conselheira Tânia Maria Ramos de Godoi Diniz.
Já no dia 24/2, quinta-feira, haverá um Ato Unificado em frente ao Teatro Municipal em São Paulo, a partir das 17h. Participe!
Conselho Federal de Serviço Social - CFESS
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Diogo Adjuto - JP/DF 7823Assessoria de Comunicaçãocomunicacao@cfess.org.br
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