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sábado, 17 de novembro de 2012

Coronel da BM mandou abrir sindicância


Abordagem violenta01/09/2012 | 09h25Atualizada em 01/09/2012 | 10h50

 para apurar agressão flagrada em vídeo

Fotos de agressão em parque de Porto Alegre repercutem nas redes sociais


Coronel da BM mandou abrir sindicância para apurar agressão flagrada em vídeo Reprodução Facebook/Divulgação
Fotos circularam pelo Facebook de um grupo de pessoas ligadas ao skateFoto: Reprodução Facebook / Divulgação
Humberto Trezzi




Na cobertura do Rolê em Porto Alegre, chegamos agora a pouco do Parque da Skate Marinha. Tivemos a tristeza de presenciar esta cena, onde um pai skatista (acompanhado de sua filha e esposa) foi preso com muita brutalidade por filmar uma ação da polícia, que estava enquandrando muita gente no parque. Parecendo que estavam numa ação de guerra, a polícia, que chegou com grossos calibres, não deixava sequer documentar. A foto peca em definição dado ao momento tenso para fazê-la! Mais um flagrante dos resquícios de ditadura! (Foto: Arakin Monteiro). Veja outra foto --> https://www.facebook.com/photo.php?fbid=431970283519846&set=a.340960495954159.90938.261598410557035&type=1&theater



Após a repercussão de fotos que registram a violenta abordagem de policiais militares a um jovem na tarde de sexta-feira, no Parque Marinha do Brasil, em Porto Alegre, o chefe do Comando de Policiamento da Capital (CPC), órgão que coordena a Brigada Militar na Capital, o coronel Alfeu Freitas mandou abrir sindicância para verificar os fatos.
— Nem preciso ver as imagens para desconfiar que algo errado aconteceu nessa abordagem. Se o rapaz estava apenas filmando e nem agrediu ninguém, não teria porque usar da violência para contê-lo ou impedir sua filmagem — analisa Freitas.
Caso se constate indício de crime, como abuso de autoridade e agressões, a sindicância pode se transformar em Inquérito Policial Militar. O coronel classificou a abordagem truculenta dos PMs como inexplicável:
— Eram três policiais fortes, um deles com arma longa, para conter apenas um rapaz desarmado? E tinha mulher e bebê ainda? É inexplicável — pondera Freitas.
Freitas diz que o episódio poderá servir para uma reflexão, na BM, sobre maneiras de lidar com o cidadão.
Policiais teriam agredido jovem porque ele estava filmando abordagem
Daniel Venuto estava com a esposa Renata Vaz e a filha de quatro meses no Parque Marinha do Brasil, quando teria sido agredido por agentes do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM).
— Os policiais estavam próximos à pista de skate, orientando para que não houvesse algazarra e ele (Daniel) começou a filmar com o celular. Foi quando dois brigadianos tentaram tomar o celular. Como o Daniel não quis dar, começaram a bater nele — narra Renata.
O episódio foi registrado em fotos que circularam no Facebook e, até a manhã de sábado, uma das fotos já havia computado 2.308 compartilhamentos e 1.112 curtidores. Um skatista que frequentava o local filmou, com celular, o momento em que três PMs tentam dominar Daniel, colocando-o de bruços no chão, com joelho sobre as costas, para algemá-lo. Podem ser ouvidos os gritos de Renata ("vai matar ele, vai matar ele") e os apelos de Daniel: "sou trabalhador, eu sou empresário, estava passando, assim tu vai quebrar meu braço".
Renata carregava no colo a bebê, que abre a boca de espanto.
Os PMs, ligados ao Pelotão de Operações Especiais (POE) do 1º BPM, estavam em três. Um deles carrega uma escopeta (espingarda de repetição), apontada para o chão.
Depois de ser algemado e levado à 2ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre, Daniel Venuto registrou uma ocorrência contra os policiais militares e fez um exame de corpo de delito.
— Não somos agitadores, mas não queremos que essa situação fique impune, foi abuso de autoridade — reforça.
Contatada por Zero Hora, a 2ª DP confirmou ter recebido a ocorrência. A policial plantonista, que não quis informar o nome, disse que as providências serão tomadas na próxima semana, quando o delegado tomará conhecimento do caso.
ZERO HORA

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