PERNAMBUCO // VIOLÊNCIA
PMs são flagrados espancando garoto em Olinda
Publicado em 12.03.2009, às 12h59
Do JCQuem passou na manhã desta quarta-feira (11) pelo cruzamento da Avenida Presidente Kennedy com a 2ª Perimetral, em Olinda, Grande Recife, presenciou cenas de abuso policial cometidos contra um menino aparentando 12 anos de idade. Dois policiais militares detiveram o garoto às 10h45 e o espancaram por aproximadamente dois minutos, como flagrou o JC. Socos nas costas e cabeça eram desferidos por um dos PMs, enquanto o outro segurava os braços da criança. O menino praticaria roubos e furtos na região, segundo comerciantes e moradores.
Policial agride menor no meio da rua. Clique e veja mais fotos
Foto: Alexandro Auler/ JC Imagem
Para ver o vídeo a respeito da agressão, acessar abaixo o link
Moradores de comunidades vizinhas, porém, indignaram-se. Uma mulher que assistiu ao espancamento e preferiu omitir o nome contou que os policiais deram tapas no rosto da criança. “Ele mal deve ter 11 anos. Como se bate na cara de uma criança?”, revoltou-se.
Depois de agredir o menino, os PMs colocaram-no no porta-malas da viatura do 1º Batalhão, placa HLV-6383, e seguiram em direção a Cajueiro, no Recife. A reportagem tentou localizá-los, sem sucesso. O menino vestia bermuda clara e estava sem camisa. Ninguém que viu a agressão soube informar o nome do garoto e onde ele moraria.
A assessoria de comunicação da PM informou que, segundo consta no Centro Integrado de Operações da Defesa Social (Ciods), o garoto foi acusado por populares de ter roubado parte da carga de um caminhão que transportava aves na área. De acordo com a PM, os policiais teriam sido acionados por moradores da área e teriam encontrado o menino por volta das 11h20.
Como não havia provas que o incriminassem, o garoto não pôde ser levado à Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA). Nesses casos, a criança é encaminhada ao Conselho Tutelar da região.
Os policiais que abordaram o garoto entraram em contato diretamente com a família dele. Segundo a Polícia Militar, o menino foi entregue a uma tia, que assinou o boletim de ocorrência, às 12h17. A assessoria não soube informar o nome da responsável nem onde ela mora.
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do JC
Quem passou na manhã de ontem pelo cruzamento da Avenida Presidente Kennedy com a 2ª Perimetral, em Olinda, Grande Recife, presenciou cenas de abuso policial cometidos contra um menino aparentando 12 anos de idade. Dois policiais militares detiveram o garoto às 10h45 e o espancaram por aproximadamente dois minutos, como flagrou o JC. Socos nas costas e cabeça eram desferidos por um dos PMs, enquanto o outro segurava os braços da criança. O menino praticaria roubos e furtos na região, segundo comerciantes e moradores.
Em vez de causar repugnância, a cena da agressão ao menino de aparência franzina recebeu elogios de trabalhadores que assistiam a ela. “Ele merece apanhar, fez muitos roubos a caminhões que ficam parados aqui”, disparou o funcionário de uma marmoraria, que não se identificou. Colegas disseram que o garoto agiria na área há seis meses, sempre em grupo. “São uns seis ou sete meninos de Peixinhos. Botamos até cerca elétrica para evitar que entrem na empresa”, comentou outro empregado da marmoraria.
Moradores de comunidades vizinhas, porém, indignaram-se. Uma mulher que assistiu ao espancamento e preferiu omitir o nome contou que os policiais deram tapas no rosto da criança. “Ele mal deve ter 11 anos. Como se bate na cara de uma criança?”, revoltou-se.
Depois de agredir o menino, os PMs colocaram-no no porta-malas da viatura do 1º Batalhão, placa HLV-6383, e seguiram em direção a Cajueiro, no Recife. A reportagem tentou localizá-los, sem sucesso. O menino vestia bermuda clara e estava sem camisa. Ninguém que viu a agressão soube informar o nome do garoto e onde ele moraria.
A assessoria de comunicação da PM informou que, segundo consta no Centro Integrado de Operações da Defesa Social (Ciods), o garoto foi acusado por populares de ter roubado parte da carga de um caminhão que transportava aves na área. De acordo com a PM, os policiais teriam sido acionados por moradores da área e teriam encontrado o menino por volta das 11h20.
Como não havia provas que o incriminassem, o garoto não pôde ser levado à Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA). Nesses casos, a criança é encaminhada ao Conselho Tutelar da região.
Os policiais que abordaram o garoto entraram em contato diretamente com a família dele. Segundo a Polícia Militar, o menino foi entregue a uma tia, que assinou o boletim de ocorrência, às 12h17. A assessoria não soube informar o nome da responsável nem onde ela mora.
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