O agente penitenciário Hélio de Oliveira Silva foi condenado, na última segunda-feira, a 11 anos e três meses de prisão, em regime fechado, por ter tentado entrar com mais de um quilo de maconha em Bangu II, em outubro do ano passado. Na ocasião, ele foi preso, após ter sido flagrado por seus colegas inspetores.
Além da tentativa de entrar com a droga no presídio, Hélio, que era agente no Complexo de Gericinó, foi condenado por porte ilegal de arma de fogo, que foi encontrada dentro de seu carro.
Em sua sentença, o juiz Alexandre Abraão, da 1ª Vara Criminal de Bangu, define a conduta do agente como “repugnante”: “Trata-se de servidor público custeado pela sociedade para prevenir e reprimir toda e qualquer ação criminosa no interior dos Presídios. O acusado, ao revés, valeu-se dessa função para imiscuir (misturar-se) em mercância pesada de drogas”, afirmou.
Saulo Prado Vasconcelos, Waldemar Ferreira Bastos Neto e Michael Feitosa Moraes, os três presos que, de acordo com Hélio, receberiam a droga, foram absolvidos pelo juiz. “Não restou comprovada a prática de qualquer delito pelos acusados Saulo, Waldemar e Michel”, afirmou o magistrado em sua decisão.
A defesa de Hélio tentou sustentar a tese de que a droga seria para uso próprio, e que o agente penitenciário teria se esquecido de tirá-la do bolso ao entrar no presísio para ser plantão. O juiz, no entanto, disse não acreditar que ele pudesse esquecer que estava com tamanha quantidade da droga. Além disso, para o magistado, a defesa do agente não conseguiu provar que Hélio era usuário de drogas.
O agente penitenciário poderá recorrer da sentença em liberdade
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