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sexta-feira, 27 de julho de 2018

Oficiais presos em operação perdem função de confiança na Polícia Militar

Campo Grande News em 18 de Maio de 2018

Dois oficiais presos na Operação Oiketikus, deflagrada na quarta-feira (16) contra policiais militares envolvidos com a Máfia do Cigarro, perderam as funções de confiança. A “dispensa”, assinada pelo comandante da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), coronel Waldir Ribeiro Acosta, foi publicada no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (18).
Marina Pacheco/CG News

Ação do Gaeco e Corregedoria da PM fez 21 prisões
O tenente-coronel Luciano Espíndola da Silva, que era o comandante da 1ª Companhia de Bonito, além de ser dispensado da função de confiança, teve a transferência decretada para o Comando Geral da PM, uma manobra para tirá-lo do comando na cidade do interior, já que ele está preso.
Em abril, o tenente-coronel recebeu R$ 25.373,35 de remuneração. O salário do oficial é R$ 22.851,93, mas ele recebeu também R$ 9.432,18 de “remunerações eventuais”, onde deve entrar valor referente à bonificação por exercer função de confiança, conforme consta no Portal da Transferência do governo do Estado.
Também perdeu o cargo de comandante o tenente-coronel Admilson Cristaldo Barbosa. Ele comandava o 11º Batalhão de Jardim, foi transferido para o Comando Geral da PM e foi substituído pelo major Adriano Rodrigues de Oliveira, conforme publicado no Diário Oficial.
O oficial tem salário de R$ 22.851,93, recebeu R$ 2.576,60 de “remunerações oficiais” e R$ 17.586,88 em abril.
Além de Epíndola e Cristaldo Barbosa, o major Oscar Leite Ribeiro também foi preso. Ele comandava 2ª Companhia em Bela Vista, mas foi substituído no início do ano. No dia 11 de abril, o major publicou no Facebook que assumia “nova missão”, a de subcomandante do 4º BPM de Ponta Porã. Por enquanto, o nome dele não apareceu no Diário Oficial.
Operação
A Oiketikus foi deflagrada no início da manhã de quarta-feira em 16 cidades de Mato Grosso do Sul, a maioria delas localizada na rota do contrabando de cigarros. Oiketikus é um inseto conhecido popularmente como “bicho cigarreiro”.
20 PMs foram presos, três oficiais e 18 praças. Todos eles já estão no Presídio Militar de Campo Grande. A força-tarefa do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), a “tropa de elite” do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), também cumpriu 45 mandados de busca e apreensão.
Confira íntegra de nota divulgada pela Sejusp:
Em relação à Operação Oiketikus, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público Estadual e pela Corregedoria Geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio da PMMS, esclarece que todos os fatos atribuídos aos policiais militares, são objeto de procedimentos em andamento na Corregedoria da Polícia Militar, na Polícia Civil e na Polícia Federal, de acordo com a competência de cada órgão.
Concluídos os procedimentos, eles deverão ser enviados para o Ministério Público Estadual, Auditoria Militar Estadual ou Ministério Público Federal.
Quanto aos oficiais que ocupavam funções de comando ou subcomando de Unidade Policial Militar, todos foram afastados dos cargos e substituídos.
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp)
Oficiais presos em operação perdem função de confiança na Polícia Militar - Diário Corumbaense

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