Mesmo com salário de R$ 22 mil, militar recebia propina de contrabandistas de cigarro, diz MPE
24 MAI 2018
Gregório de Mattos - 'O Boca do Inferno'
O tenente-coronel Admilson Cristaldo Barbosa aparece em foto no Facebook ao lado do presidenciável Jair Bolsonaro. De farda, garboso e imponente por estar ao lado de um 'símbolo nacional anticorrupção', o oficial decerto que não previa que a 'casa iria cair' para ele tempos depois com a deflagração da Operação Oiketicus, que desmantelou quadrilha de policiais que facilitavam contrabando de cigarros vindos do Paraguai.
''Chico Bento'', como é conhecido na Polícia Militar, era comandante do 11º Batalhão de Polícia Militar de Jardim e foi preso no dia 16 de maio. O PM tem salário de R$ 22.851,93, recebeu R$ 2.576,60 de 'remunerações oficiais' e R$ 17.586,88 em abril.
A investigação do Ministério Público Estadual apontou que contrabandistas de cigarro pagavam propinas de até R$ 100 mil para policiais militares em 14 cidades de MS.
Após o escândalo, Cristaldo foi transferido para o Comando-Geral da PM em Campo Grande e foi substituído do comando local em Jardim.
A foto foi postada em julho de 2017 por um colunista social que bajulava este e outros oficiais da polícia em feijoadas da 'alta sociedade' em Campo Grande. Já dizia o poeta: 'quem tem telhado de vidro não pode jogar pedra em ninguém'.
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