O policial civil Napoleão Seki Júnior, de 38 anos, é acusado de agredir, algemar e matar a namorada, Paola Natália Cardoso, de 23 anos, na tarde desta quinta-feira em Curitiba (PR). O crime ocorreu em uma rua do bairro Alto da XV, próximo do centro de Curitiba. Depois de atirar contra a namorada, ele tentou se matar. Em estado grave, o agressor passou por uma cirurgia no Hospital Cajuru.
Uma testemunha que passava pelo local de carro gravou em vídeo parte do crime. Logo após disparar quatro tiros contra Paola, que morreu na hora, Napoleão atira contra o próprio maxilar. O projétil ficou alojado em sua cabeça. Em seguida, ele foi socorrido e levado para o hospital. Um primeiro boletim médico indicou que o policial, mesmo que sobreviva, perderá a visão do olho esquerdo.
Segundo testemunhas, o casal discutiu muito antes do crime. Uma das testemunhas afirma que Paola estava em um Celta e foi tirada do carro pelo namorado. Em seguida, foi algemada no meio da rua. Nesse momento, segundo relato de um pedestre que também presenciou a cena, um rapaz que passava pela rua tentou intervir, quando Paola já estava algemada. Ela chegou a escapar e correr pela rua, mas logo Napoleão mandou o jovem ficar quieto, argumentando que estava armado.
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Brigas – O assassinato está sendo investigado pela Delegacia da Mulher, mas a Justiça já decretou a prisão preventiva do policial. Dois policiais militares ficaram de prontidão no hospital para prendê-lo. Napoleão trabalha no Núcleo Jurídico da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná. Mesmo lotado na polícia estadual paranaense desde agosto de 2010, ele responde a um processo criminal em São Paulo, que ainda não foi julgado. O delegado Rubens Recalcatti, que deve comandar as investigações, não quis levantar nenhuma hipótese para o caso, mas acredita que a origem do crime está resumida a uma briga de casal. “Talvez isso tenha ocorrido por uma briga de casal, e ele acabou cometendo o crime”, disse Recalcatti.
Minutos depois do assassinato, alguns familiares de Paola chegaram ao local e comentaram que os dois namoravam havia um ano. Segundo os parentes, eles brigavam constantemente e passaram a morar juntos fazia pouco mais de uma semana. As imagens das câmeras da Rua Sete de Abril, esquina com a Rua Reinaldino S. de Quadros, foram solicitadas pela Delegacia da Mulher, que também pediu o vídeo feito pela testemunha. O delegado também investiga a utilização de arma e algemas da Polícia Civil. Paola, que era filha única, tinha um filho de um ano e três meses de um relacionamento anterior e estudava na Universidade Federal do Paraná.
(Com Estadão Conteúdo)
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