Por Aécio Gonçalves 29/11/2017 - 16:38 hs
O mecânico Anderson Alves da Silva, de 44 anos, agredido por policiais militares em Lagoa da Prata, no Centro-Oeste de Minas, saiu do coma induzido, mas segue internado em estado gravíssimo no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Ele estava em um bar na madrugada dessa segunda-feira (27) quando presenciou policiais abordando pessoas que teriam colocado mesas e cadeiras num cruzamento onde há uma rotatória.
Segundo a Polícia Militar (PM), foi dada voz de prisão aos homens que teriam desobedecido. Um vídeo mostra que Anderson – que não estava na rotatória, mas perto do local – se aproximou e foi atingido por um dos militares. O homem foi levado a uma Unidade de Pronto Atendimento, onde médicos constataram que ele teve traumatismo craniano.
Em BH, familiares estão preocupados porque a vítima está com reflexos baixos e reage aos poucos. Uma prima de Anderson, Carla Oliveira, afirma que a ação da PM de tirar pessoas da rotatória é um pedido antigo da população, mas ela considera que houve falta de profissionalismo na ação.
“Não houve uma certa competência, o que se espera dos policiais, tanto é que ouvimos coisas ofensivas do tipo ‘ele não estava rezando’. Ele realmente não estava rezando, ele estava num bar, ele ia começar a tomar uma cerveja, como todo cidadão, mas teve uma atitude religiosa: ele viu uma pessoa conhecida sendo agredida e ele foi lá tentar conversar com o guarda, tanto é que ele estava totalmente na defensiva”, diz Carla.
Segundo ela, o primo é conhecido e benquisto em Lagoa da Prata. “Ele é uma pessoa solidária. Se eu tivesse falando só para a minha cidade, eu não ia precisar defendê-lo. Não é um qualquer, é uma pessoa muito humana. Ele viu aquela agressão e tentou apaziguar. Ele não teve a chance de conversar com o policial. Quando ele chegou, por trás ele já recebeu um golpe fatal. O golpe foi de surpresa. Segundo os médicos, ele já caiu desacordado.”
Carla relata a versão de que Anderson tentou tomar a arma de um dos militares é contestada pelas testemunhas. “Eram seis policiais, ninguém em sã consciência, nem um bandido teria essa reação de tomar uma arma de um policial numa situação dessas”, argumenta.
Inicialmente, o Comando Geral da PM informou que o policial agiu em legítima defesa porque a vítima teria tentado puxar a arma dele. O comandante do 7º Batalhão em Lagoa da Prata, tenente-coronel Rodrigo Teixeira Coimbra, ressalta que a corporação prima pela transparência, que está sendo instaurado um inquérito policial militar para investigar os fatos, e que qualquer prova contrária ao que foi registrado pelos militares será alvo de responsabilização criminal e administrativa.
Fonte: Itatiaia
Paulo Luciano Dos Reis ·
LAMENTAVEL,QUE COISAS DESSA NATUREZA ACONTECE,TALVEZ SEM MOTIVO APARENTE ALGUM.
Ricardo Kelly Maciel Maciel ·
Que a lei seja feita .
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