Policial que matou jovem que errou porta é suspeito de crime em 2011
Policial federal aposentado já tinha matado jovem dentro de lotérica. Nesta madrugada, atirou contra rapaz que errou porta de apartamento.
01/05/2015 19h21 - Atualizado em 05/05/2015 17h58
O policial federal aposentado Claudécio Ferreira, que atirou e matou um vizinho que errou a porta do apartamento onde morava, já responde a processo por tentativa de homicídio ocorrido há quatro anos. No caso desta madrugada, as primeiras investigações indicam que o jovem errou de apartamento e foi parar dentro do imóvel do policial, onde foi baleado.
Ferreira vai responder por tentativa de homicídio e homicídio.
O jovem assassinado após a confusão no condomínio é Matheus Moreno das Chagas, de 18 anos. Ele voltou para casa, em um condomínio de 27 edifícios em Pirituba, por volta das 3h. Segundo a polícia, ele estava embriagado e teria confundido o apartamento.
O jovem morava no 16º andar no bloco 18, mas acabou entrando num apartamento no 18º andar. O morador, um policial federal aposentado, pensou que fosse um assalto e reagiu a tiros. Matheus morreu na hora.
No boletim de ocorrência, a polícia registrou que foi encontrado um saco no bolso do jovem com um pó amarelado, com aspecto e odor de cocaína. A família de Matheus nega que ele estivesse bêbado ou que tenha usado drogas.
Segundo a mãe do jovem, o filho apenas se confundiu. “A gente mora no 16º e ele apertou o 18º. Então, ele saiu do elevador no sentido correto que a gente mora, né? Aí, ele tentou botar a chave e não conseguiu , acho que ele forçou a maçaneta, o que seria natural, pode até ter me chamado. E parece que a pessoa abriu a porta e a gente não sabe realmente se houve discussão”, afirmou a administradora Verônica Gomes Moreno.
A polícia já tem as imagens do circuito interno do prédio. Não há, no entanto, câmeras nos andares. O policial aposentado fugiu antes de a polícia chegar, mas horas depois se apresentou na delegacia. E disse que, na correria, não sabe onde deixou a arma do crime. Os policiais vão investigar se ele agiu em legítima defesa.
Caso em 2011
A primeira vítima do policial federal foi Fabrício Melges Lourenço, em 2011. Na época, o rapaz foi ferido na perna e ficou vários meses internado. Nesta tarde, a repórter Thais Itaqui conversou com o pai de Fabrício. Ele contou que esse crime aconteceu dentro de um supermercado em Pirituba, quando o jovem foi pagar uma conta na lotérica.
Caso em 2011
A primeira vítima do policial federal foi Fabrício Melges Lourenço, em 2011. Na época, o rapaz foi ferido na perna e ficou vários meses internado. Nesta tarde, a repórter Thais Itaqui conversou com o pai de Fabrício. Ele contou que esse crime aconteceu dentro de um supermercado em Pirituba, quando o jovem foi pagar uma conta na lotérica.
"Chegando lá tinha fila, né, e esse senhor estava fazendo joguinho, né no guichê, e ali é um lugar muito apertado. E na hora que ele terminou que fazer o jogo, que ele foi virar o carrinho, ele 'barrou na perna de meu filho e meu filho espontâneo 'oi, meu, ou meu, levantou os braços e ele simplesmente atirou no meu filho", contou o pai.
Defesa nega
A Justiça vai ouvir o aposentado na terça-feira (2) por essa tentativa de homicídio. O advogado de Claudécio Ferreira, Daniel Bialski, disse que o policial aposentado atirou em Fabrício na fila da lotérica por que o rapaz o agrediu. E que, no caso desta madrugada, ele também agiu legítima defesa. Ainda segundo o advogado, o cliente dele foi agredido quando abriu a porta e revidou por que estava armado.
Defesa nega
A Justiça vai ouvir o aposentado na terça-feira (2) por essa tentativa de homicídio. O advogado de Claudécio Ferreira, Daniel Bialski, disse que o policial aposentado atirou em Fabrício na fila da lotérica por que o rapaz o agrediu. E que, no caso desta madrugada, ele também agiu legítima defesa. Ainda segundo o advogado, o cliente dele foi agredido quando abriu a porta e revidou por que estava armado.
Condomínio onde ocorreu caso em Pirituba, na Zona Norte de SP (Foto: Reprodução/TV Globo)
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