segunda-feira, 16 de março de 2015
Policiais civis em greve entregam armas após medida do governo.
Categoria está completando 20 dias de paralisação em todo o estado.
Na capital foram entregues cerca de 600 armas, munições e outros objetos.
Do G1 TO
Armas entregues pelos policiais civis estão em poder do Estado (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Os policiais civis em greve no Tocantins entregaram as armas na manhã desta segunda-feira (16), em todo o estado. Somente na capital os policiais entregaram cerca de 600 armas, munições e demais objetos que são instrumentos de trabalho da categoria. A entrega aconteceu em frente à Secretaria da Segurança Pública (SSP), na praça dos Girassóis, centro da capital.
Os agentes penitenciários também fizeram a entrega das armas e de todos os outros equipamentos que são usados em operações especiais dentro da Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP).
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sinpol), todo o efetivo da polícia vai paralisar as atividades por completo e até mesmo para os serviços essenciais. "Efetuar prisão em flagrante não tem como mais, pois a ferramenta essencial da polícia civil estará retida pelo Estado", afirma o presidente do Sinpol, Moisemar Marinho.
Os policiais tiveram que entregar as armas e outros objetos por conta de uma portaria conjunta entre a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e a Secretaria de Estado da Defesa e Proteção Social (Sedeps), assinada na última sexta-fera (13).
Medida
A portaria determina o retorno imediato ao trabalho de todos os agentes públicos que fazem parte da polícia civil em greve. Caso não ocorra o retorno fica determinado que a categoria entregue as armas num prazo máximo de 24 horas. Se as armas não forem devolvidas a consequência natural será a atuação da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Ministério Público no caso.
A portaria determina o retorno imediato ao trabalho de todos os agentes públicos que fazem parte da polícia civil em greve. Caso não ocorra o retorno fica determinado que a categoria entregue as armas num prazo máximo de 24 horas. Se as armas não forem devolvidas a consequência natural será a atuação da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Ministério Público no caso.
Policiais civis entregaram as armas após medida
do governo (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
do governo (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Entenda o caso
Em greve desde o dia 25 de fevereiro, os policiais cobram do governo a equiparação salarial que teria sido concedida ainda em 2007. A medida foi regulamentada em abril de 2014, através da Lei 2.851 e cancelada no dia 11 de fevereiro através de decretos publicados no Diário Oficial do Estado (DOE). Em todo o Tocantins, de acordo com o Sinpol-TO, são aproximadamente 1,6 mil policiais em greve.
Em greve desde o dia 25 de fevereiro, os policiais cobram do governo a equiparação salarial que teria sido concedida ainda em 2007. A medida foi regulamentada em abril de 2014, através da Lei 2.851 e cancelada no dia 11 de fevereiro através de decretos publicados no Diário Oficial do Estado (DOE). Em todo o Tocantins, de acordo com o Sinpol-TO, são aproximadamente 1,6 mil policiais em greve.
O secretário estadual de Administração do Tocantins, Jeferson Barros, anunciou na última terça-feira (10) que os dias não trabalhados dos policiais civis que continuarem em greve serão descontados na folha de pagamento.
A medida do governo foi tomada após uma decisão judicial da desembargadora Maysa Vendramini que considerou a greve ilegal e determinou a volta dos policiais ao trabalho num prazo de seis horas. O sindicato dos policiais foi notificado da decisão, mas mesmo assim a categoria decidiu continuar com a greve e informou que vai recorrer da decisão.