Ex-soldado dos EUA preso no RS responde por homicídio em SC
David Herold, de 26 anos, foi detido com drogas na última quarta-feira (29). Ele tinha mandado de prisão expedido após polícia achar digitais em droga.
01/05/2015 12h48 - Atualizado em 01/05/2015 12h50
Ex-soldado do exército norte-americano foi preso em Viamão, RS (Foto: Divulgação/Brigada Militar)
O ex-soldado do exército americano David Beckhauser Santos Herold, de 26 anos, preso em um sítio no Rio Grande do Sul na quarta-feira (29), era investigado por tráfico de drogas em Santa Catarina havia pelo menos cinco meses. Ele também responde a processos por homicídio e furto qualificado em Florianópolis. A defesa dele nega as acusações.
Segundo o delegado Antonio Claudio Joca, da Delegacia de Combate às Drogas (Decod) de Florianópolis, Herold teve a prisão temporária decretada em abril.
Impressões digitais dele foram encontradas em um pacote com 10 kg de maconha apreendido no Sul de Florianópolis, segundo a polícia. “Já tínhamos informação de que a droga poderia ser dele, já que atua no Sul da ilha”, disse o delegado.
David Herold, responde a dois processos em SC, um
deles por homicídio (Foto: Reprodução/TV Globo)
deles por homicídio (Foto: Reprodução/TV Globo)
Segundo o delegado, Herold provavelmente será ouvido no Rio Grande do Sul dentro do prazo de 30 dias. “Nesse período, devo pedir a prisão preventiva dele, para garantia da ordem pública e para seguir com as investigações”, afirmou Joca.
De acordo com a Polícia Civil, Herold é natural de Florianópolis. “Pelas nossas investigações, há registros de atividades criminosas dele há pelo menos um ano e meio no estado”, disse o delegado da Decod.
Investigações por homicídios
Segundo o delegado Ênio de Oliveira Matos, da Delegacia de Homicídios de Florianópolis, Herold foi denunciado por um homicídio ocorrido em 2014 no Morro do 25, na capital, mas não chegou a ficar preso. “Ele também é investigado por envolvimento em outro homicídio”, disse ao G1 o delegado, que preferiu não dar detalhes para não atrapalhar as investigações.
Segundo o delegado Ênio de Oliveira Matos, da Delegacia de Homicídios de Florianópolis, Herold foi denunciado por um homicídio ocorrido em 2014 no Morro do 25, na capital, mas não chegou a ficar preso. “Ele também é investigado por envolvimento em outro homicídio”, disse ao G1 o delegado, que preferiu não dar detalhes para não atrapalhar as investigações.
Herold responde a dois processos na Justiça de Santa Catarina, um por homicídio, pelo qual aguarda julgamento, e outro por furto qualificado.
Tanto Matos quando o delegado Akira Sato, da Divisão de Investigações Criminais (Deic), afirmaram ao G1 na manhã desta sexta (1) desconhecer qualquer ligação de Herold com facções criminosas.
Prisão no RS
Na noite de quarta-feira (29), o ex-soldado foi preso em um sítio de Viamão, na Grande Porto Alegre. Conforme o 18ºBPM, o preso serviu ao Exército dos Estados Unidos durante quatro anos e saiu em 2013. Ele teria dupla cidadania.
Na noite de quarta-feira (29), o ex-soldado foi preso em um sítio de Viamão, na Grande Porto Alegre. Conforme o 18ºBPM, o preso serviu ao Exército dos Estados Unidos durante quatro anos e saiu em 2013. Ele teria dupla cidadania.
Além dele, outros seis homens também foram detidos, dois deles de Santa Catarina, nenhum com antecedentes criminais. Foram apreendidos 1,5 kg de maconha, dez comprimidos de ecstasy, celulares, uma quantia em dinheiro e um carro, com placas de Florianópolis. O ex-soldado segue preso no Rio Grande do Sul.
Defesa nega
O advogado que defende o ex-soldado, Claudio Gastão da Rosa Filho, afirma que Herold é um "herói de guerra" e nega todas as acusações. Sobre a prisão no Rio Grande do Sul, Gastão diz que o ex-soldado foi preso na casa de um amigo onde havia várias pessoas e que a droga não pertencia a ele. "Não usa drogas".
O advogado que defende o ex-soldado, Claudio Gastão da Rosa Filho, afirma que Herold é um "herói de guerra" e nega todas as acusações. Sobre a prisão no Rio Grande do Sul, Gastão diz que o ex-soldado foi preso na casa de um amigo onde havia várias pessoas e que a droga não pertencia a ele. "Não usa drogas".
Em relação à acusação de homicídio no Morro do 25, Gastão afirma que o ex-soldado havia acabado de voltar ao Brasil e sequer conhecia a vítima ou frequentava a região.
Segundo o advogado, a prisão foi pedida com base em escutas que, segundo ele, não indicam qualquer ligaçao com o crime. "Quando foi decretada a prisão ele se apresentou, rebateu as acusações e ganhou o direito de responder em liberdade."
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