Justiça negou pedido de prisão deles; promotoria recorre da decisão. Acusados seguem nos cargos e negam envolvimento com criminosos.
Maioria dos policiais denunciados no esquema atuam na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) em São José dos Campos (Foto: André Bias/TV Vanguarda
Por G1 Vale do Paraíba e região
Trinta policiais civis, entre eles um delegado, de São José dos Campos (SP) foram denunciados pelo Ministério Público por envolvimento com o tráfico de drogas no bairro Campo dos Alemães, na zona sul da cidade. Segundo a denúncia, o trafico na região movimentava cerca de R$ 2 milhões mensalmente. Os policiais localizados negam as acusações. (leia mais abaixo
A reportagem do G1 teve acesso à denúncia, que conta com quase 400 páginas e escutas telefônicas. O processo, do dia 29 de setembro, assinado por 34 promotores de todo Estado, tramita em segredo de Justiça.
A investigação do MP apontou que um grupo de policiais teria usado o conhecimento da contabilidade do tráfico para extorquir os criminosos. Em troca do pagamento de propina, teriam deixado de combater o tráfico na região. O delegado Darci Ribeiro, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), é acusado de omitir informações sobre a cúpula do tráfico nos flagrantes apresentados na delegacia
O Ministério Público chegou a pedir a prisão dos policiais, mas a juíza Cristina Inokuti, da 3ª vara criminal de São José dos Campos, recusou o pedido. Na decisão, a magistrada narra que os acusados ainda não tiveram oportunidade de defesa e por isso não se permite concluir que a prisão seja necessária para a ordem pública. Também foi pedida e negada a prisão de uma advogada e de quatro traficantes. O MP recorre
A primeira fase da operação, em outubro de 2016, tinha como alvo a cúpula do tráfico ligada à uma facção criminosa. Nela foram apreendidos R$ 2 milhões em dinheiro, drogas, armas, munições e anotações da contabilidade do tráfico em Jacareí. Na ocasião foram presas 23 pessoas
Nessas anotações foram encontradas referências ao pagamento de propina à policiais e delegacias. São citadas nas anotações o 3º e 7º DPs, delegacias que ficam na zona sul da cidade, e também as especializadas DIG (que investiga crimes de autoria desconhecida) e Dise (narcóticos)
Esse material deu origem à segunda fase da operação, que investigou a estrutura do tráfico de drogas na zona sul de São José.
Trecho da decisão da juíza diz que "a denúncia narra grande número de acusados e variedade de condutas" e que como ainda não houve a oportunidade de defesa dos denunciados, o pedido de prisão temporária foi negado (Foto: Reprodução
Escutas
Na denúncia do último mês de setembro os policiais são mencionados nominalmente. Esse é o caso de Luís Eduardo de Oliveira, conhecido como "Luizinho Correria", que aparece em várias anotações e é mencionado em conversas entre traficantes. Luís está afastado da polícia desde 2015 porque responde a um processo onde teria extorquido um criminoso
A ação do MP descreve condutas variadas entre os policiais. Como prova, a promotoria anexou ao processo escutas telefônicas onde os traficantes relatam entre si a movimentação do dinheiro da venda diária de droga. Em várias conversas são mencionadas a presença de policiais civis. Leia trecho da escuta abaixo
TRAFICANTE 1: "Deixa eu falar pra você. Tem uns polícia aqui na rua, o Adalberto"
TRAFICANTE 2: "Hã"
TRAFICANTE 1: "Os caras 'quer' receber"
O MP descobriu na investigação que a contabilidade do tráfico no Campo dos Alemães é dividido por ruas. Cada biqueira age como uma empresa independente, e cada uma tem o registro de pagamento a policiais diferentes. (veja anotações do tráfico abaixo)
Anotações do tráfico mostram nominalmente o destino do dinheiro, segundo o MP (Foto: Reprodução)
Anotações do tráfico mostram nominalmente o destino do dinheiro, segundo o MP (Foto: Reprodução)
Esquema
Todo o material apreendido na primeira fase da operação foi cruzado com informações oficiais da polícia, como relatórios de deslocamento de viaturas, registro de armamento e escala de trabalho dos policiais
Com isso, os investigadores descobriram que a munição apreendida na primeira operação do MP, em Jacareí, era de propriedade da Polícia Civil, e não há registro de furto ou roubo - o que significaria desvio de dentro da própria polícia para favorecer os traficantes. Nesse caso específico, o Ministério Público não conseguiu concluir quem teria desviado a munição.
Além dos policiais, os traficantes contavam com a ajuda de três empresários da região, que são réus em outro processo. Eles mascaravam o lucro do tráfico da zona sul em uma empresa de materiais para construção, uma boate e um restaurante. Um deles está preso e os dois estão foragidos desde o ano passado.
Avaliação
O ouvidor da Polícia Civil do Estado, Júlio César Fernandes, criticou a conduta atribuída aos policiais.
"Por estar no eixo Rio-São Paulo, o fluxo de drogas é muito maior no Vale do Paraíba. Sabendo disso, o dever da polícia combater esse tipo de ato ilícito e não corroborar. Esperamos que não seja verdade porque se não podemos acreditar na polícia, em quem vamos acreditar? O bandido travestido de polícia precisa ser defenestrado da corporação", disse
O MP não quis comentar a denúncia. O Tribunal de Justiça não comentou o assunto por estar em segredo de Justiça. A Secretaria de Segurança Pública informou em nota que "existem investigações em andamento pelo Ministério Público, e tão logo tomem ciência, medidas administrativas serão adotadas"
Ninguém da cúpula da polícia no Vale do Paraíba deu entrevista sobre o assunto. A Polícia Civil conta com um efetivo de 285 policiais, segundo o Sindicato dos Delegados do Estado de São Paulo (Sindpesp)
Relatório aponta que DIG recebeu R$ 20 mil de criminosos em dezembro de 2015 (Foto: Reprodução)
Outro lado
O G1 tentou entrar em contato com todos os envolvidos no processo. Os acusados que atenderam a reportagem negam envolvimento no crime
O delegado da DIG, Darci Ribeiro, não atendeu as ligações. Ele foi procurado nesta quinta-feira (23) na delegacia e a reportagem foi informada que a mãe dele faleceu . Ribeiro está de licença e, por Whatsapp, informou que estava no velório. Ele não comentou a denúncia
O policial Wander Rodrigo Vilhena Pinto 'Pó', da DDM, disse que não sabia da denúncia e que se for intimado vai prestar os esclarecimentos necessários.
O policial Alberto Alves Filho, atua na carceragem da Diju, disse que aguarda para ser ouvido. Ele disse que é uma pessoa idônea e que não tem qualquer envolvimento com o crime. "Não tenho que falar nada. Ninguém me chamou até agora", afirmou
O policial Juarez Ribeiro, do 4º DP de São José, disse por telefone que já sabia da denúncia e que até o momento não teve direito à defesa, mas irá provar inocência. Afirmou que não tem nada contra ele na denúncia e acusa o MP de 'querer mídia'. O denunciado, que atua na polícia há 18 anos, nega qualquer envolvimento com o tráfico de drogas
O policial Samuel Nicolau dos Santos, do 8º DP, referido como 'carequinha de óculos' no processo, nega qualquer envolvimento com atividade criminosa e diz que não foi notificado. Ele destacou que em 27 anos de trabalho na polícia nunca teve passagem e considera que as provas da denúncia são frágeis e inconsistentes, baseada apenas em escuta telefônica de um traficante. Ele defendeu que na escuta o nome dele não foi citado e nega que o apelido 'carequinha de óculos' seja uma referência pessoal.
O policial Arnaldo Célio de Paiva, que atua em Caçapava, preferiu não comentar o assunto.
Eleazar Simões Landislau trabalha na delegacia de Defesa da Mulher e disse que não foi notificado da denúncia e que, por isso, não comentaria o assunto.
O policial Ronaldo Arruda Guerra, atua no 5º DP, disse por telefone que é o 'não é o único Ronaldo' que já trabalhou na delegacia. "Na lista [que o MP teve acesso] onde eles atrelam a minha pessoa não está meu nome completo e não tem como me ligar a nenhum crime. Por coincidência há um Ronaldo neste DP, porém, todos os outros policias citados nesta lista eles não estão nas unidades de referência do dia do fato", disse. Ele afirmou ainda que está indignado e alega que há uma 'guerra institucional' em que o MP quer denegrir a imagem da Polícia Civil, não agindo conforme a lei
O policial Alexandre Pereira da Silva, chefe de investigação da DIG, não foi localizado por telefone. Ele foi procurado também pelo whatsApp, visualizou a mensagem, mas não respondeu.
O policial Marcelo Luís Silva 'Marcelo Teta' ou 'Marcelo Bomba', plantonista do 3º DP, disse na quarta-feira, por telefone, que iria falar com o advogado e pediu para a reportagem ligar na delegacia no dia seguinte para obter retorno. Ele estava no DP, mas não atendeu as três ligações da redação nesta quinta, nem retornou as tentativas de contato
Atualização: Na sexta-feira (1º), em entrevista por telefone à TV Vanguarda, ele negou que o apelido seja Teta, conforme indicado pelo MP.) "É um tremendo absurdo o uso de diálogo de vapores do tráfico como prova. Não tem a voz de um policial pedindo valores. Tem apenas de vapores indicando. Quem sabe se eles não estão indicando uma viatura que passou na hora apenas para tirar dinheiro do patrão (traficante)? Listas apreendidas com nome pela metade, apelidos, valores que poderiam ser códigos, qualquer coisa. Um absurdo.Os promotores manuseram a investigação para provocar as prisões")
O policial Nestor Batista Telmo Junior, da DIG, foi procurado no fim da tarde desta quarta e disse que não estava sabendo da denúncia e desligou o telefone durante a tentativa de contato da reportagem. Ele não atendeu mais as ligações
O policial Ricardo Ribeiro Magalhães não foi localizado e a reportagem deixou recado com o pai dele pedindo retorno sobre o assunto. O pai preferiu não passar o telefone do filho para o G1. O policial não retornou o contato
O policial da DIG, Fabrízio Silano, disse que não tinha informações sobre a denúncia e que, por isso, não comentaria o assunto
A advogada Aparecida Maria Pereira não atende mais no endereço que consta na denúncia e o telefone informado à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em São José dos Campos consta como inválido. Ela foi procurada por email e não retornou.
O policial Luiz Eduardo de Oliveira 'Correria' está afastado das funções na polícia. A reportagem foi à casa do acusado, encontrou o filho dele, mas não localizou o denunciado
O policial Alexandre Pereira Cortez, atua na Delegacia do Idoso em São José. Ele não foi encontrado no local nesta quarta e quinta e não retornou as tentativas de contato
O policial Alexandre Tadeu Tomé da Silva, atua na DDM e está de férias. A colega de trabalho dele, na delegacia, informou que não conseguiu contato com o policial e que ele volta às atividades em dezembro. O telefone dele não foi informado à reportagem.
Esse é o mesmo caso do policial Oswaldo Pinho Guimarães Corrêa Junior, que atua na DDM, e também está de férias
O ex-policial Luiz Fernando Vinhas Junior, expulso da corporação após cometer crime de extorsão mediante sequestro, não foi localizado. Ele atuava na Delegacia do Idoso.
O policial João Henrique Pinheiro da Silva é plantonista noturno e o delegado Seccional não soube informar a escala dele e local de atuação à reportagem. Ele não foi localizado
O policial Luís Fernando de Lima Junior, também atua no plantão noturno, mas em Taubaté. Ele não foi localizado
Os denunciados por tráfico de drogas, Matheus Allison Costa, Fabiano Bernardo de Oliveira 'Binho'; Glauco Queiroz Ribeiro e Soraya Queiroz de Souza não foram localizados
A reportagem ligou nesta quarta e quinta e esteve na DIG na manhã desta quinta, mas não localizou os policiais André Luiz da Silva, Francisco Antônio Castilho Junior, Alessandro Alfredo dos Santos, Cristiano dos Santos Fernandes, Paulo Daniel da Silva Epifânio, Clênio Eduardo Arruda, Accacio Rangel de França Neto, Rerolde Alexandre Soares Rodrigues, Claudio César da Silva Santos e André Pedro Andreotti
O policial Daniel Aparecido Alvarenga, da Dise, também não foi localizado
35
COMENTÁRIOS
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
Este conteúdo não recebe mais comentários.
POPULARES
- Luiz DonizettiHÁ 7 MESESSimples: " A casa caiu "
- Leonardo VieiraHÁ 7 MESESCorrupção está no DNA do brasileiro, é o câncer de nossa sociedade. Cabê a nós educarmos as crianças para que ao longo do tempo, consigamos diminuir isso.
- Elio AlvesHÁ 7 MESESSe você alguma vêz já furou fila, fez acordo na empresa para receber o seguro, recebeu troco a mais e não devolveu....., então, realmente está coberto de razão ao dizer que "a corrupção está no dna do brasileiro"; em qual tipo de Brasileiro você se refere? Seria àquele tipo refletido no espelho quando olhas???
- Carlos NobreHÁ 7 MESESMUITA CALMA GENTE. TODOS SABEMOS DA RIXA EXISTENTE ENTRE A PM E A PC. OS POLICIAIS MILITARES PRESTAM SERVIÇOS JUNTO COM O MP. TEMOS QUE TER MUITA CAUTELA E NÃO JULGAR. ATÉ O MOMENTO SÓ EXISTE CONVERSAS ENTRE OS SUPOSTOS TRAFICANTES. TODOS ESTÃO SENDO INVESTIGADOS E NÃO CONDENADOS. TODOS SÃO INOCENTES ATÉ QUE SUAS CULPAS SEJAM COMPROVADAS.
- Elio AlvesHÁ 7 MESESApenas para conhecimento, "RIXA"? Os POLICIAIS MILITARES que prestam serviços ao Ministério Público, PERTENCEM À ASSESSORIA POLICIAL MILITAR DO GABINETE GERAL DE JUSTIÇA.
- Elio AlvesHÁ 7 MESESNinguém é idiota ao ponto de se deixar levar por "armações", como as sugeridas pelo "Carlos Nobre". Vai dizer também que os diálogos nas gravações foram "montados"por Policiais Militares devido a "rixa"? No Litoral do Estado, dois Policiais Militares foram condenados por agirem com criminosos (denunciados pelo GAECO). Isso acontece em todas as Profissões, cruzou a linha que separa a legalidade do crime, vai arcar com as consequências. PARABÉNS AO GAECO. Os POLICIAIS, se forem inocentes, provarão em juízo,
- Paulo ZanettiHÁ 7 MESESSó pagar um salári0 dign0 pra p0licia q ela não se c0rr0mpe... pagam esse salári0 de f0me, p0licial se c0rr0mper... pq não vem0s cas0s de c0rrupçã0 na PF? pq eles recebem salário digno!
- Soul NasHÁ 7 MESESGanhar pouco nunca foi justificativa para cometer crime.
- LeandroHÁ 7 MESESSou gari, ganho pouco, nem por isso sou ladrão. Se eu quiser um emprego que pague melhor, vou me esforçar, estudar e batalhar para isso de forma honesta.
- Elio AlvesHÁ 7 MESESO "falador", digo "ouvidor"é muito mais crítico e eficaz em criticar AÇÕES PAUTADAS NA LEGALIDADE PRATICADAS POR POLICIAIS MILITARES. Observem que neste caso ele "ouvidor" se limitou a criticar. Acusar é facílimo, o enorme problema é PROVAR. Tenho visto o Ministério Público atuar, prender, divulgar, mas, poucos dias depois toda a pirotecnia se desfaz e os presos são postos em liberdade..... Vamos aguardar para ver.
- Matheus OliveiraHÁ 7 MESESDuvido que essa notícia vai sair na página da DIG - São José dos Campos, no facebook. KKKKKKK
- Gerson LimaHÁ 7 MESEScarlos nobre pelos seus comentarios de bobre vc não tem nada, e pelo jeito ou vc é policia enrustido , ou és um rato de delegacia , manja aquele sujeito que sona ser policial, mas não consegue ?. . .
- Gerson LimaHÁ 7 MESEScarlos nobre pelos seus comentarios de nobre vc não tem nada, e pelo jeito ou vc é policia enrustido, ou és um rato de delegacia, manja aquele sujeito que sonha em ser policia lmas não consegue ?. . .
- Vicente MonteiroHÁ 7 MESESE o curioso, é que todos alegam inocência!!!!
- Marcos WitczakHÁ 7 MESESE tem quem insista em jogar os problemas todos no colo do RJ.
- EduardoHÁ 7 MESESNum país sério todos estariam presos e expulsos da polícia. Cadê o governador e o secretário da segurança pública para determinar o imediato afastamento destes investigados?
- Luiz FilhoHÁ 7 MESEStem q apurar, mas sem estrelismo e com imparcialidade...lembrando q a palavra de um delinquente tem valor relativo e papel aceita tudo...
- Clodoaldo CunhaHÁ 7 MESESQue se investigue. Que os ratos sejam excluídos. Aí um psi de família que ve traficantes à sua porta, acredita naquela balela de que se pode confiar na polícia. Então ele faz uma denuncia onde os nobres policiais dizem que tomarão providências. Eles então em troca de dinheiro entregam, é o nome do pai de família que delatou os bandidos, que entãopassa a ser ameaçado. Não da pra generalizar, mas tem que extirpar essa raça de corruptos da corporação.
- Joana CardosoHÁ 7 MESESExiste sim, a banda podre da policia, como dos medicos, dos advogados e em todas as profissões, infelizmente. Espero que tenham um julgamento justo e que se penalize com com rigor ,quem de fato participou dessa quadrilha até para que sirva de exemplo. A sociedade não aguenta mais tanta bandidagem!
- Alexandre ZickertHÁ 7 MESESNovidade
- Et CruzeiroHÁ 7 MESESTem muita armação pra cima de policiais neste mundo, principalmente em cima dos bons policiais, não julguem por antecipação, se realmente forem culpados, que paguem com o peso da lei!
- ComedorHÁ 7 MESESQuem defende policiais corruptos é porque também faz parte da máfia.
- Et CruzeiroHÁ 7 MESESQuer dizer que não é possível, 1 ou 2 policiais corruptos irem numa biqueira, pegarem grana falando que é pra delegacia inteira, sendo que os colegas nem imaginam que estão sendo "vendidos"?
- ComedorHÁ 7 MESESA grande maioria dos policiais civis, militares e federais são envolvidos com algum tipo de máfia.
- Fabio CruzHÁ 7 MESESo pais esta uma desgraça por causa desse tipo de policia e dos politicos. O trafico de drogas existe porque a policia finge que nao vê.
- MapHÁ 7 MESESPelo jeito a população vai ter que pedir proteção para os traficantes pois a Policia virou bandida infelizmente! Policia corrupta não tem mais o respeito e a idolatria da sociedade,quando for abordados por eles não sabemos mais se estamos seguro
- Mariana MendesHÁ 7 MESESVixiii....acabou o arrego
Nenhum comentário:
Postar um comentário