Pais conseguem provar inocência de adolescente detido injustamente por no sul de Minas
Os pais de um adolescente de 17 anos conseguiram provar a inocência do filho, detido por roubo em Paraguaçu, no sul de Minas Gerais. Ele teria sido confundido com um assaltante, mas a situação foi esclarecida após a análise de imagens de câmeras de segurança instaladas próximas ao local do crime.
Segundo a mãe do menor, Sueli de Fátima Custódio, desde quando foi informada sobre a apreensão do filho, ela sabia que não era verdade. Mas, ao procurar a Polícia Civil, ela foi informada que a delegacia não tinha efetivo para investigar o caso e, por isso, ela mesma decidiu correr atrás das gravações que poderiam comprovar a inocência do menor.
— Aqui em Paraguaçu não tem detetive. Isso foi a própria delegada que falou e ela disse que se eu quisesse era para eu ir atrás ou meu filho ficaria detido por muito tempo.
Nas imagens registradas pelas câmeras da rua onde ocorreu o crime, um homem com blusa de mangas compridas de capuz e calça jeans persegue uma jovem pelas ruas da cidade. No entanto, as câmeras não registraram o momento do crime, mas mostram o suspeito correndo e retirando a blusa de frio. Já o menor detido também estaria com uma blusa de frio com capuz, porém usava bermudas na ocasião de sua apreensão.
O menor foi abordado pela PM em um local próximo do crime. Ele seguia da casa da mãe para a casa do pai e acredita que foi confundido com o bandido pois vestia uma blusa semelhante. Além disso, na data do assalto, ele chegou a ser reconhecido pela vítima, o que justificou sua detenção.
— O policial colocou uma lanterna na minha cara e perguntou para ela se era eu. Aí, parece que eu ouvi ele falando para ela assim: não, é ele sim, é ele sim. Aí, acho que no nervosismo dela, ela confirmou que era eu.
Após o reconhecimento, o adolescente foi levado à uma delegacia em cidade vizinha e depois foi encaminhado à cadeia de Paraguaçu, onde ficou detido por três dias. Ele também contou que ficou 12 horas sem água e sem comida porque os policiais se negavam a fornecer alimentação. O menor foi liberado algumas horas depois que mãe entregou as imagens à Polícia Civil.
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