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quarta-feira, 7 de novembro de 2018

PMs presos na Operação Sexto Mandamento são denunciados por homicídio em Goiânia


O Ministério Público de Goiás ofereceu denúncia contra seis policiais militares presos na Operação Sexto Mandamento, acusando-os pelo homicídio de Murilo Alves de Macedo, de 26 anos, ocorrido em Goiânia em agosto do ano passado. A peça acusatória é embasada em gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal durante a investigação que resultou na operação deflagrada em 15 de fevereiro. A ação policial levou à prisão 19 policiais militares suspeitos de participar de grupo de extermínio.
Foram denunciados pelo crime os subtenentes Fritz Agapito Figueiredo e Hamilton Costa Neves, o primeiro-tenente Vítor Jorge Fernandes, e os cabos Cláudio Henrique Camargos, Alex Sandro Souza Santos e Ricardo Rodrigues Machado. Dos seis acusados, cinco estão presos no presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS). O primeiro-tenente Vítor Jorge esteve recolhido durante 45 dias no presídio federal, mas foi solto há cerca de 15 dias por determinação da Justiça.
Conforme a peça acusatória, a vítima do homicídio, Murilo Macedo, foi assassinada quanto estaria com um Honda Civic que teria sido roubado na véspera de uma tenente da PM. A morte foi justificada pelos policiais como tendo ocorrido durante confronto com membros da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam).
O carro da policial foi visto na noite de 27 de agosto do ano passado na saída para Trindade por dois dos denunciados, os subtenentes Fritz Agapito e Hamilton Costa. Embora estivessem de folga no dia do crime, eles ligaram para o Comando de Operações da PM (Copom) e pediram a confirmação de que se tratava do veículo roubado. O subtenente Fritz pediu reforço, mas avisou que iria abordar a vítima e o passageiro que estava no carro.
A abordagem dos PMs foi registrada nas escutas feitas nas investigação da PF. De acordo com a denúncia, ouve-se claramente a voz de Fritz ordenando que Murilo pare o veículo. Em seguida, os dois PMs ordenam que a vítima e outro ocupante do Honda Civic ponham as mãos na cabeça. As gravações registram, então, o barulho de um tiro. Na sequência, os policiais passam a perguntar ao segundo abordado pela arma e questionam o que trazia na bolsa. Logo após, o Copom perde o sinal com os denunciados. Minutos depois, Fritz fala com uma equipe da Rotam e pede reforço. Durante toda a ação, os subtenentes mantêm contato com os cabos Cláudio Henrique e Ricardo.
Ao falar novamente com o Copom, o subtenente comunicou que não havia capturado os dois suspeitos do roubo eles teriam fugido. Mas, em ligação telefônica com Camargos,ele orienta o subordinado a ligar o giroflex do carro da polícia e seguir rumo a um matagal, na entrada da Chácara Caveira, no Jardim Real, onde a vítima foi morta com três tiros. Certo é que a equipe da Rotam chega no local dando cobertura aos primeiros denunciados, assumindo a ocorrência, alterando o local do crime e permitindo a saída do 'encenado confronto' dos denunciados Fritz e Hamilton, retirando o segundo ocupante do veículo roubado, afirma a denúncia. O companheiro da vítima continua como desaparecido.
A versão apresentada pelos PMs é de que Murilo tentou fugir e, durante a empreitada, atirou contra os policiais. O MP, contudo, sustenta que essa versão foi forjada. Além da denúncia por homicídio, os promotores que assinam a peça acusatória pedem a decretação da prisão preventiva dos seis acusados de envolvimento na morte de Murilo. (Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)

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