O Delegado era responsável pela investigação do maior escândalo do governo Carlesse
17/11/2018 às 14h43 - atualizada em 17/11/2018 às 21h18
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Keops Mota
Augustinópolis / TO
Os medidas de contenção de gastos que o Estado levou sete meses para implementar, atingiu o delegado Bruno Boaventura que foi dispensado da função de delegado regional de Araguaia. A dispensa de Boaventura, dentro dessa contenção de gastos ocorreu exatamente no momento em que ele investigava o escândalo do lixo hospitalar, que envolve o líder do governo, deputado Olyntho Neto (PSDB), e seu pai, o ex-juiz eleitoral, João Olinto e o governo do Estado do Tocantins. A dispensa foi entendida pelo SINDEPOL como uma retaliação ao delegado Boaventura, responsável pela investigação.
Para os delegados, o Estado agiu arbitrariamente, e com a intenção de prejudicar as investigações. Para Boaventura essa medida tomada sob a argumentação de contenção de gastos é apenas para disfarçar sua exoneração. Ele voltou a se pronunciar no seu perfil do Facebook, e pontua quatro razões pelas quais acredita que o “enxugamento da máquina” foi exatamente para justificar sua saída.
No primeiro ponto, ele alega um valor irrisório como gratificação, não causa nenhum impacto no orçamento do estado. A gratificação seria de 800 reais, mais uma viatura e uma linha telefônica.
No segundo ponto, Bruno Boaventura afirma que usa a gratificação para custear pequenos reparos na unidade. O terceiro ponto ele diz que cedeu a linha telefônica para um policial que serve à regional de Araguaína. No quarto ponto, ele diz que a viatura é utilizada por todas as delegacias da regional. No final, ele ironiza dizendo que o governo esta economizando com a sua dispensa.
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Sobre o argumento do governo consistente no “enxugamento da máquina”, para justificar minha exoneração, digo o seguinte:
1. Para exercer a chefia da polícia em mais de 15 cidades, com uma população acima de 300 mil habitantes, o Estado me “gratifica” com R$ 800,00 (oitocentos reais) mensais, uma linha telefônica e uma viatura.
2. Os referidos oitocentos reais utilizo quase todo mês para custear pequenos reparos em nossas unidades, pois não possuímos verba específica para tanto. (Posso comprovar com notas fiscais).
3. A linha telefônica fiz questão de repassar, no primeiro dia de minha gestão, a um policial que serve a toda regional de Araguaína, para que o mesmo pudesse se comunicar de forma mais rápida com os colegas, resolvendo os problemas.
4. A viatura colocada à minha disposição é utilizada por todas as delegacias da Regional sendo que cumpro as obrigações funcionais do meu cargo (visita a outros órgãos, p.ex), em carro particular.
Pois bem, essa será a “economia” do Tesouro Estadual com a minha saída: R$ 800,00.
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