O coronel João Baptista Lima, preso pela Polícia Federal nesta quinta-feira (29), se recusou a prestar depoimento nesta sexta (29), alegando problemas físicos e psicológicos.
"Em decorrência do quadro de saúde que ele mantém e da própria circunstância de estar aqui hoje acautelado, ele não revelou condições psicológicas e físicas de prestar seu depoimento", afirmou o advogado Cristiano Benzota, que representa o coronel.
Ao ser preso, Lima passou mal e foi encaminhado para o hospital Albert Einstein. O depoimento dele estava previsto para a tarde desta sexta (30). Uma nova data será marcada, segundo o advogado.
Lima "nega veementemente todas as imputações que lhe são feitas", afirmou Benzota. O coronel foi detido na Operação Skala, que apura um esquema de propinas envolvendo o setor portuário e que implica o entorno do presidente Michel Temer.
Pela manhã, a mulher do coronel da reserva, Maria Rita Fratezi, esteve na superintendência da PF em São Paulo, onde o marido está preso, para ser ouvida. Ela também é investigada no caso e foi intimada para o depoimento pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Benzota, que também a defende, não explicou se ela respondeu às perguntas dos investigadores, mas disse que ela nega as acusações e não tem participação na gestão da PDA, envolvida na apuração. "Por essa razão, ela não tem como dar maiores explicações acerca dos fatos", disse ele.
Como a reportagem publicou em fevereiro, o coronel conseguiu adiar, ao longo de oito meses, as tentativas da Polícia Federal de ouvi-lo no inquérito que apura supostas irregularidades em decreto do setor portuário.
Ele apresentou pelo menos três atestados médicos para dizer que não tinha condições de ir à PF para prestar depoimento.
Ele apresentou pelo menos três atestados médicos para dizer que não tinha condições de ir à PF para prestar depoimento.
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