Ministro diz que comandantes da PM do RJ são sócios do crime organizado
Torquato disse que Pezão e o secretário de Segurança não controlam a PM e que comando da corporação faz acerto com deputado e o crime organizado.
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O ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse que o governo estadual do Rio não controla a Polícia Militar e que o comando da corporação está associado ao crime organizado. As acusações graves foram feitas na véspera de uma data simbólica, a formalização do grupo de procuradores dedicados ao combate à criminalidade no estado.
O ministro da Justiça participou da cerimônia de assinatura de um protocolo de intenções do governo federal para enfrentar o crime organizado no Rio.
“Uma parceria histórica e o começo de muitas outras parcerias. Estamos todos engajados com isso”, disse Torquato Jardim.
No discurso desta terça-feira (31), o ministro da Justiça defendeu o entendimento e a formação de parcerias para combater violência no Rio. Um tom bem diferente de uma entrevista que Torquato Jardim deu na segunda-feira (30), quando fez duras críticas ao governo e à Secretaria de Segurança do estado. O ministro mencionou até mesmo o envolvimento de políticos e policiais com a criminalidade.
As declarações do ministro da Justiça foram publicadas pelo jornalista Josias de Souza, do portal UOL.
Torquato Jardim disse que o comando da PM no Rio faz acerto com deputado estadual e o crime organizado, e que comandantes de batalhão são sócios do crime organizado.
O ministro também falou sobre o assassinato de um comandante de um batalhão da PM, na semana passada. Ele afirmou que a morte do coronel Luiz Gustavo Teixeira não foi resultado de assalto, e que ninguém o convence de que não foi um acerto de contas.
Na entrevista, Torquato Jardim ainda disse que a milícia está tomando conta do narcotráfico e que o governador Luiz Fernando Pezão e o secretário de Segurança Pública, Roberto Sá, não controlam a Polícia Militar.
Torquato Jardim disse que o comando da PM no Rio faz acerto com deputado estadual e o crime organizado, e que comandantes de batalhão são sócios do crime organizado.
O ministro também falou sobre o assassinato de um comandante de um batalhão da PM, na semana passada. Ele afirmou que a morte do coronel Luiz Gustavo Teixeira não foi resultado de assalto, e que ninguém o convence de que não foi um acerto de contas.
Na entrevista, Torquato Jardim ainda disse que a milícia está tomando conta do narcotráfico e que o governador Luiz Fernando Pezão e o secretário de Segurança Pública, Roberto Sá, não controlam a Polícia Militar.
Nesta terça-feira, o ministro da Justiça não deu entrevista. No Rio, as declarações de Torquato Jardim geraram fortes reações das autoridades de segurança.
O secretário Roberto Sá disse ter ficado surpreso e indignado, e que se o ministro tem provas do envolvimento de policiais e políticos com o crime deve apresentá-las.
“Quando se generaliza uma acusação como essa, numa instituição que tem 47 mil policiais, é uma acusação muito grave, que coloca sob todos eles essa suspeita. E a gente repudia esse tipo de acusação”, afirmou o secretário.
“Foi uma fala irresponsável, que não se espera de um ministro de Estado. Eu comando uma legião de heróis que diariamente tingem o solo desse estado com seu sangue”, disse o comandante-geral da PM do Rio, Wolney Dias.
O subprocurador-geral de Justiça do Rio, Alexandre Araripe, mandou um ofício ao ministro pedindo que ele informe qual deputado estadual teria acerto com o crime organizado, e também provas e indícios que comprovem essa afirmação.
Pezão rebate acusação
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani (PMDB), disse que Torquato Jardim agiu de má-fé e mentiu.
“Não tem interferência de nenhum deputado estadual. Lamentável que minta, que contribua para mais confusão e não ajude com aquilo que o ministro da Justiça, dentro das suas atribuições, é da sua responsabilidade fazer”, afirmou Picciani.
Em nota, o governador Luiz Fernando Pezão afirmou que o governo do estado e o comando da Polícia Militar não negociam com criminosos, ressaltando que "o comandante da PM, coronel Wolney Dias, é um profissional íntegro", e que o ministro da Justiça nunca o procurou para tratar dos assuntos abordados na entrevista.
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