É militar da Unidade de Intervenção
da GNR, no quartel da Pontinha (Odivelas), e nos tempos livres tornou-se ator
pornográfico, com o nome artístico Frank Stone.
o caso veio agora a público e o guarda viu ser-lhe aberto um processo
disciplinar para averiguar se infringiu normas de conduta e regulamentos ao
exercer aquela atividade paralela. Entretanto, está de baixa médica a aguardar
os desenvolvimentos.
Numa busca na Internet, Frank Stone surge em vários filmes pornográficos
editados nos últimos dois anos, como "Operárias do sexo", "A
dois é mais barato", "Apanhadas no quarto escuro",
"Portuguesas sem vergonha" e, mais recentemente, "As
Ronaldas", da produtora portuguesa de conteúdos para adultos Pornlowcost,
esta última película inspirada no campeonato europeu de futebol. O elemento
policial, na casa dos 30 anos, protagoniza cenas de sexo hardcore, sem
problemas em ser reconhecido.
Contactada pelo JN, fonte do Comando-Geral da GNR confirmou que ao haver
conhecimento da situação, algo que terá ocorrido não há muito tempo, "foi
levantado um processo disciplinar, que está em fase de instrução". Sem
adiantar mais pormenores, a mesma fonte acrescentou que o objetivo é apurar se
houve alguma violação de valores e deveres militares.
Tem de informar
hierarquia
O guarda não se encontra atualmente de serviço, por ter pedido baixa
médica após a instauração do processo. Há indicações de que, além dos filmes,
participou em "shows" eróticos, como uma edição do Eros Porto.
O estatuto da GNR estabelece, entre outras normas, que os seus
profissionais devem "abster-se de exercer atividades incompatíveis com o
decoro militar" e outras "de natureza lucrativa", bem como
"recusar a nomeação para qualquer cargo, comissão, função ou emprego,
público ou privado", tudo isto se não obtiverem autorização prévia da
instituição. Ou seja, os militares são obrigados a comunicar à hierarquia - e
ficam dependentes do seu aval - sempre que pretendam exercer outra profissão
remunerada. Tal não terá acontecido neste caso.
Se o processo disciplinar concluir pela existência de alguma infração, o
guarda arrisca sanções que podem passar por repreensão, suspensão,
transferência ou, num extremo, a expulsão.
No dia de ontem, foram várias as reações nas redes sociais. Uns
condenaram a carreira paralela do militar da GNR na indústria porno, lembrando
a obrigação de zelar pela imagem da força policial, outros consideraram
"nada haver de mal", por não colidir com a sua atividade profissional
e ser uma forma de o militar ter um rendimento extra para equilibrar "o
baixo salário".
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