Justiça decreta a prisão de policial federal suspeito de matar a cunhada

Priscila Simas foi baleada na cabeça domingo, durante uma discussão com Isaac Bezerra. Policial chegou a ser preso, mas acabou solto porque não havia mandado de prisão contra ele.

Por RJ TV
 

Justiça decreta prisão de policial aposentado suspeito de matar a cunhada

A Justiça decretou nesta terça-feira (7) a prisão preventiva do policial federal aposentado Isaac Cesar Mathias Bezerra, suspeito de matar a cunhada, Priscila Simas de Souza com um tiro na cabeça, no último domingo (5), em Araruama, Região dos Lagos.
Isaac chegou a ser preso na segunda-feira (6) ao passar por uma blitz da Polícia Rodoviária Federal e levado para a Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. Ele passou a noite na delegacia, mas na manhã desta terça foi solto porque não havia mandado de prisão expedido contra ele.
O delegado de Araruama afirmou que pediu a prisão temporária de Isaac na manhã de segunda-feira, depois de analisar imagens de câmeras de segurança e de ouvir os depoimentos de Ingrid e da filha mais velha do policial aposentado, que testemunhou o crime.
O Ministério Público informou que só recebeu o inquérito na tarde de segunda-feira e que demorou a fazer o pedido de prisão de Isaac porque discordou da prisão temporária - para o MP, já havia elementos para pedir a prisão preventiva.

Vítima cuidava do sobrinho

Priscila tinha 32 anos e estava na casa da irmã Ingrid, em Araruama, para ajudar a cuidar do sobrinho, que nasceu há um mês. No domingo, Ingrid e o marido discutiram e Priscila tentou interceder para defender a irmã. Isaac não gostou e atirou na cabeça da cunhada.
"Minha irmã tinha 32 anos, era tão jovem, tão bonita. Ela era tão boa, estava lá cuidando de mim e do meu resguardo. Estava lá só para me ajudar, coitada", declarou Ingrid, aos prantos, no cemitério de Inhaúma, onde o corpo de Priscila foi enterrado nesta terça-feira. Ela contou como o crime ocorreu:
"Ela saiu do carro, começou a discutir com ele e deu no que deu. O carro ficou no meio dos dois. Ele do lado do carona e eu segurando ele, ela do lado de lá. Mas mesmo com essa distância, era para ele ter pensado. Ele é um policial, treinou, trabalhou com isso a vida toda. era pra ele ter pensado antes de ter feito isso".

Marido de Priscila, Marcos Vinícius Magalhães expressou revolta com a libertação de Isaac. "[O crime] foi perto da minha filha. Vamos esperar a justiça de Deus porque infelizmente ele foi preso e está solto, não dá para entender uma coisa dessa. A prova do crime está na mão de quem tem que estar. Ele [Isaac] confessou o crime, não sei por que foi solto", disse ele.