‘Até na guerra existem regras e há prisioneiros’
‘Mesmo na guerra existem regras e há prisioneiros”, afirmou o promotor Paulo Roberto Mello Cunha, do Ministério Público que atua junto à Auditoria da Justiça Militar. A declaração é contra a entrevista do porta-voz da PM, major Ivan Braz, ao programa Bom Dia Rio, da TV Globo, nesta sexta-feira, sobre a atuação do cabo Fábio de Barros Dias e do sargento David Gomes Centeno, do 41º BPM (Irajá) que aparecem atirando em dois homens caídos no chão, em frente à Escola Municipal Daniel Piza, após um confronto com suspeitos de tráfico de drogas do Complexo da Pedreira. O flagrante ocorreu perto do local onde Maria Eduarda Alves Conceição, 13 anos, foi atingida e morta por uma bala perdida.
Em um trecho da entrevista Blaz sustentou que: “Cabe a esses policiais ter uma chave seletora na mente deles para que sejam, ora garantidor dos direitos da sociedade, ora um guerreiro. Que ser humano consegue fazer isso? É preciso rever protocolos e coibir abusos. O que estamos vivendo hoje é um momento complexo e muito grave”, enfatizou.
Na avaliação de Mello, os policiais militares não podem se comportar da mesma maneira que os criminosos. “O que difere o policial militar do traficante é que ele representa o estado Democrático de Direito. Há regras. Até na guerra se fazem prisioneiros”, concluiu o promotor.
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