Revista Sociedade Militar – RJ
Um dos policiais ensinou até táticas de patrulha pra traficantes ligados à quadrilha de Nem, chefe do tráfico na Rocinha.
É comum que Militares de operações especiais das Forças Armadas
realizem treinamentos, competições, palestras e outros tipos de
interação com militares do Batalhão de Operações Especiais das polícia
militares. Eles atuam juntos também na prática, em operações como as que
ocorreram na pacificação de complexos de favelas no Rio.
O fato de ser revelado um esquema de corrupção e fornecimento de
informações para os traficantes do Rio deixa não só a população e
policiais assustados, mas também militares das Forças Armadas, na medida
em que podem ter vazado informações importantes, que em mãos erradas,
colocam a vida dos militares em risco.
Reportagem de VEJA (Aqui)
revelou nesse final de semana que Gravações telefônicas feitas com
autorização revelaram um grande esquema realizado entre o terceiro
comando e membros do BOPE. Isso fazia com que informações privilegiadas
chegassem com antecedência até os criminosos, colocando policiais do
próprio BOPE e até membros das Forças Armadas, como dissemos acima, em
sério risco.
Segundo a VEJA, Arlen Silva, terceiro-sargento proporcionou ao grupo
de criminosos um canal privilegiado para obter informações e para
adquirir armas e munição, bem como uniformes militares de combate.
Segundo a VEJA, as conversas gravadas revelam que há outros policiais no esquema.
“Nas
conversas, fica evidente que o sargento tem comparsas dentro da
corporação a que serve, o Batalhão de Operações Especiais da PM carioca,
o Bope. Numa conversa telefônica, o traficante Ronaldinho fala do
repasse de propinas ao sargento Arlen e ao “amigo dele“.
“Fala com ele que eu vou dar o negócio ($$) e do amigo dele (policial
de outra equipe do Bat. Oper. Especiais) na mão dele”, diz Ronaldinho na
conversa.
As investigações indicam que pelo menos cinco favelas do TCP faziam
parte do esquema, que rendia até 12.500 reais por plantão: Maré, Morro
do Dendê (Ilha do Governador), Favela de Acari, Morro da Serrinha
(Madureira) e Vila Aliança (Bangu).
Semanas após a negociação de dois fuzis, o intermediário Leitão
descobriu que suas conversas telefônicas estavam sendo monitoradas pela
Polícia Civil. Preocupado, ele teria tentado avisar ao sargento do Bope.
Revista Sociedade Militar
http://www.sociedademilitar.com.br/wp/2015/07/militares-em-risco-corrupcao-na-policia-carioca-inclusive-bope-pode-colocar-em-risco-militares-das-forcas-armadas-envolvidos-em-operacoes-esquema-de-membros-do-bope-com-trafico-e-revelado.html
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