Policiais suspeitos de matar prefeito em Goiás

ESQUADRÃO DA MORTEPoliciais suspeitos de matar prefeito em Goiás Eurípedes Ferreira, prefeito de Catalão-GO, foi emboscado e metralhado ADILSON ROSA Da Reportagem Os quatro policiais militares presos sob acusação de participar de um suposto Esquadrão da Morte estão sendo investigados no assassinato do prefeito Eurípedes Pereira Ferreira, da cidade de Catalão-GO, na divisa com Minas Gerais. A execução aconteceu no dia 2 de agosto do ano passado. O prefeito foi emboscado por desconhecidos que o metralharam. Desde o início da semana, o delegado Adézio Leite, da Delegacia de Homicídio de Proteção à Pessoa (DHPP) de Goiânia-GO acompanhado de um escrivão estão em Cuiabá para investigar o caso. No mês passado, as fotos dos quatro militares foram enviadas para Catalão para ser feito o reconhecimento pelas testemunhas. Na última terça-feira, as armas apreendidas (revólveres e pistolas) com os militares, no início de agosto, foram periciadas. A polícia goiana quer saber se os tiros que mataram o prefeito saíram das armas que estão em poder da Justiça. Ontem à tarde, os quatro investigados - os soldados Toninho, Emerson e Juvenal e o sargento Admar - foram ouvidos pelo delegado Leite numa sala da Derf da Capital. O delegado da DHPP de Goiânia prometeu conceder uma entrevista hoje à tarde para esclarecer a participação dos militares em mais esse crime. Os quatro estão presos no Batalhão de Policiamento de Guardas (BPGuardas) onde funciona um Presídio Militar. Segundo a polícia, o Esquadrão da Morte, um grupo de pistoleiros de aluguel formados por policiais militares que eram pagos por traficantes para eliminar jovens que davam banho (compravam e não pagavam). Os militares foram apontados por uma testemunha de um assassinato como integrantes de A Firma, uma espécie de empresa de contrato para assassinos de aluguel. Os assassinos de aluguel matam por quantidades variadas: vai de R$ 100,00 (usuários de drogas) até R$ 30.000,00 (empresários). Por serem profissionais, não deixam pistas, dificultando o trabalho da polícia da qual fazem parte. Embora o Ministério Público tenha oferecido denúncia nos seis assassinatos cujos inquéritos foram concluídos, pelas contas da polícia, os militares são acusados de praticar mais de 20 execuções nos últimos cinco anos. Até agora são suspeitos em oito assassinatos. Os quatro se encontram com a prisão preventiva decretada. Eles estão presos no Batalhão de Policiamento de Guardas. Alguns militares estão com quatro, outros com três prisões preventivas decretadas. O Diário apurou que elas foram decretadas após a comprovação dos suspeitos nas execuções. TRAFICANTE Federal desconfia de transferência Da Reportagem A Polícia Federal desconfia que a tranferência do narcotraficante Robin Rosales Agreda, solicitada pela Justiça do Estado de Tocantins, faça parte de um plano de fuga. Agreda chefiada uma quadrilha de narcotraficantes conhecida como "Falange Boliviana. Ele foi condenado a 13 anos e 10 meses por tráfico internacional de drogas pela comarca de Pontes e Lacerda e se encontra preso na Penitenciária Regional de Mata Grande. A transferência do narcotraficante foi solicitada pela juíza da comarca de Ponte Alta-TO. Segundo a magistrada, o boliviano, ao ser preso, garantiu à PF que não tinha imóveis no Brasil, mas a polícia de Tocantins descobriu que há uma fazenda registrada em nome do traficante condenado. Agentes federais estranham o aparecimento dessa fazenda. Para alguns deles que trabalharam na prisão do narcotraficante, foi realizada, na época, uma minuciosa investigação e nada foi encontrado em relação à propriedades. Agreda morava numa residência no Jardim Itália, em Cuiabá, desde o início de 1.998. Lá, os agentes federais aprenderam um rádio usado para falar com a Bolívia. Agreda usava documentos falsos. Ele se passava por brasileiro ao adulterar a cidade onde nasceu. Em sua carteira constava como se tivesse nascido em Corumbá-MS. Um dos policiais informou que a cadeia de Ponte Alta não oferece segurança para abrigar o narcotraficante. Agreda, na visão do policial, poderá fugir sem dificuldades. Após o interrogatório, o narcotraficante seria levado para o Presídio Luz do Amanhã, na cidade de Gurupi, em Tocantins. Mas a transferência de Agreda está ameaçada porque o processo de expulsão do boliviano já está bastante adiantado (ele só poderá deixar o país após o cumprimento da pena). O delegado da Polícia Federal em Mato Grosso Wenderson Brás Gomes, responsável pelo processo de expulsão de Agreda, é contrário à sua transferência até a conclusão dos autos. Agreda foi preso em julho do ano passado com 181 quilos de crack numa fazenda em Pontes e Lacerda. No local funcionava um laboratório de refino de cocaína. A droga era levada, de avião, para várias partes do país, principalmente na região sudeste. Além de Agreda, foram presos mais quatro pessoas: o exator de rendas de Mato Grosso Carlos Roberto Greve, Marcos Antônio da Silva, funcionário de Agreda e os pilotos Rogério Rodrigues de Souza e Carlos Alberto Garzon Guerrero, este boliviano. Todos os traficantes foram condenados a uma pena média de 12 anos. TRÁFICO PRE procura proprietário de droga deixada em ônibus Da Reportagem A polícia procura um homem de cerca de 1,70m, cabelos grisalhos, que trajava calça jeans e camiseta listrada que desembarcou num restaurante antes do Trevo do Lagarto. O desconhecido é o principal suspeito de ser traficante que levava cerca de 590 gramas de maconha num ônibus da Viação Gontijo, que fazia a linha Porto Velho-RO a Belo Horizonte (MG). A apreensão da maconha aconteceu na última quarta-feira à noite na rodovia dos Imigrantes, no trevo de acesso a Santo Antônio de Leverger. A droga estava embaixo da poltrona 43 e foi localizado por policiais PRE. "Foi uma revista de rotina", explicou um policial. A maconha estava embalada num plástico e escondida dentro de uma sacola de supermercado. Alguns dos 20 passageiros disseram que a poltrona viajava vazia. Ao parar no restaurante, os passageiros comentaram que a revista no Trevo do Lagarto estava sendo muito rigorosa e "não escapava nada". O suspeito teria ouvido e ficado nervoso. Em seguida, fez uma ligação telefônica. Minutos depois, ele comunicou ao motorista que iria ficar por lá porque morava em Cuiabá. Um irmão viria buscá-lo de carro. Os passageiros nem o motorista não souberam informar onde o desconhecido havia embarcado. A droga foi apreendida encaminhada para a Delegacia Metropolitana de Cuiabá. O destino será a Delegacia de Repressão à Entorpecentes (DRE) que instaurou inquérito. ASSALTO Troca de tiros em mercado deixa duas pessoas feridas Da Reportagem Uma troca de tiros durante um assalto a um mercadinho no bairro Novo Horizonte, em Cuiabá, deixou dois feridos: o comerciante Francisco Andrade, 70 anos, com um tiro no tórax, e o adolescente M.S., 16 anos, que estavam em companhia do assaltante Izaías Olário Coelho, 19 anos, preso horas depois. O fato aconteceu na última quarta-feira, por volta das 19h. Segundo a polícia, os dois assaltantes invadiram o Mercado Gazola quando havia poucos clientes. Eles renderam clientes e dois funcionários que foram obrigados a se deitar no chão. Em seguida, fugiram levando R$ 30,00 em dinheiro. Na saída, Izaías percebeu e atirou no comerciante que revidou atingindo o adolescente. Os bandidos conseguiram fugir e Andrade foi levado ao Pronto Socorro Municipal de Cuiabá em estado grave. Horas depois, o adolescente foi preso pelos PMs de plantão que foram informados sobre um suspeito baleado na perna. M.S. então, apontou o cúmplice, preso horas depois no bairro Carumbé. Com Izaías foi apreendido um revólver calibre 38. O assaltante revelou que havia comprado o revólver por R$ 300,00 de um desconhecido no bairro Carumbé no início de agosto. Ao ser levado para a Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá, Izaías foi reconhecido pelos policiais. Ele tinha estado na Derf, horas antes, como testemunha de um assalto a um motel ocorrido no último final de semana, no bairro Tancredo Neves. No assalto ao motel, três rapazes foram presos em flagrante. Por obra do destino, Izaías se encontra na mesma cela com os assaltantes do motel. TIROS NO DOM AQUINO O desempregado Edilson Ferreira da Silva foi atingido por quatro tiros de revólver ontem, por volta do meio-dia, no bairro Dom Aquino. Ele disse à polícia que foi vítima do bandido conhecido como Bucal que o cercou e queria assassiná-lo. Mas a polícia descobriu que ele tentou assaltar uma padaria nas proximidades e acabou sendo atingido pelo bandido. Como os moradores ignoraram ajudá-lo, uma equipe da Companhia Independente de Operações Especiais (CIOE) da PM o socorreu até o PSMC. DROGA/USO Operação resulta na prisão de 6 suspeitos em Cuiabá Da Reportagem Pelo menos seis pessoas foram presas ontem de manhã, na rua 4 de Janeiro, no Jardim Leblon, em Cuiabá, durante a Operação Boca Torta, desencadeada por policiais da Delegacia de Repressão à Entorpecentes (DRE). Os suspeitos estavam na rua, prontos para cheirar cocaína. Dos seis suspeitos, três foram autuados por uso de drogas, previsto no artigo 16 da lei dos tóxicos. Os bairros Jardim Leblon, Pedregal e Carumbé são considerados pela polícia como os que abrigam o maior número de locais suspeitos de ser bocas-de-fumo. Segundo o delegado Bibiano Ferreira, que coordenou a operação arrastão, os policiais cercaram um quarteirão e foram revistando todas as pessoas que passavam pelo local. "É um trabalho que vai se tornar rotina. Na próxima semana, vamos fazer a operação Boca Torta também à noite. Nosso objetivo é retirar de circulação do seio de nossa sociedade as pessoas consideradas nocivas", observou. MÃOZINHA O assaltante José Pereira dos Reis, o Mãozinha, 25, foi preso ontem pela 12a vez em Várzea Grande. Ontem de manhã, numa operação conjunta entre a DRE e a Derf de Várzea Grande, Mãozinha foi detido no bairro Cristo Rei com uma pequena quantidade de droga, mas suficiente para autuá-lo por tráfico de drogas. Segundo o delegado Bibiano Ferreira, Mãozinha responde a 11 inquéritos por furto em Várzea Grande, a maioria de motos. Ontem à tarde, antes de ser encaminhado para a Cadeia Pública do Carumbé, ele foi levado para mais um reconhecimento de furto. O assaltante é acusado de furto de motos. PROCURADO Ex-presidiário é preso com uma pistola de brinquedo Da Reportagem O ex-presidiário Nézio Marques de Souza, 26 anos, foi preso ontem de manhã por policiais da Divisão de Operações Especiais (DOE). Ele estava escondido no Abrigo Bom Jesus, um orfanato localizado no centro da Capital. Com Souza foi apreendida uma pistola de brinquedo. A polícia suspeita que ele tenha praticado vários assaltos na região central, no período noturno. Segundo o DOE, Souza estava sendo procurado há vários meses após a polícia receber uma denúncia sobre um assaltante usando uma pistola agindo no centro. O desempregado possui dois mandados de prisão preventiva. Ele é procurado por estelionato na cidade de Arenápolis desde outubro deste ano e também por apropriação indébita e desfalque de dinheiro na Viação Brasil, onde trabalhava. A polícia acredita que com a divulgação da prisão do desempregado poderão surgir as possíveis vítimas do assalto. "Só assim poderemos saber se ele praticou algum roubo ou não", observou um policial da DOE. Como se encontra com a prisão preventiva decretada, Souza foi encaminhado para a Delegacia de Vigilância e Capturas. De lá, seguirá para a Cadeia Pública do Carumbé. VÁRZEA GRANDE Carreta tomada em assalto é recuperada em Engordador Da Reportagem Ontem de manhã, a carreta Mercedes Benz, placas ADZ 4369, foi recuperada na localidade de Engordador, em Várzea Grande. O veículo estava sem a carga de produtos de limpeza, avaliados em cerca de R$ 32.000,00. A carreta foi roubada na última terça-feira por quatro homens armados com revólveres e pistolas que renderam o motorista Sílvio Arantes de Oliveira. O assalto aconteceu por volta das 21h30, quando o motorista saía do Posto Trevisan, a cerca de 20 quilômetros do Trevo do Lagarto, em direção à Jangada. Oliveira percebeu que os freios estavam travados. Ao descer para verificar foi rendido. Os bandidos entraram no veículo e tomara a direção seguinte de volta em direção ao Trevo do Lagarto. O motorista foi levado para um matagal onde ficou até a madrugada seguinte sob a vigilância de dois bandidos armados com revólveres. Ontem de manhã, o chefe de operações da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, o policial Ademar Monteiro de Lima, foi informado sobre a carreta. "Não sobrou nem cheiro da carga. Os bandidos levaram tudo", observou Lima. O motorista acreditava que os assaltantes tivessem levado o veículo para a Bolívia. A carga de produtos de limpeza seria transportada até Rondônia. A carreta se encontra apreendida no pátio da Derfva até a chegada do motorista.