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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

PMs acusados de matar família em chacina se entregam, mas negam os crimes

Publicado em 29 de julho de 2014,10:58

Por Elizangela Jubanski e Bruno Henrique

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Os soldados Alisson e Michel, com o advogado, prestes a se entregar na DHPP. Foto: BH/Banda B

Os dois policiais militares que foram apontados pelas investigações como acusados da chacina que matou quatro pessoas da mesma família, em junho desse ano no bairro Sítio Cercado, em Curitiba, se apresentaram na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no final da manhã desta terça-feira (29). Antes, os soldados Alisson dos Santos Cszulik, 23 anos, e Michel Diel, 31 anos, conversaram com jornalistas no escritório do advogado e rebateram todas as acusações. “Somos inocentes. Somos policiais e zelamos pela segurança da sociedade. Isso é um absurdo e vamos provar”, disseram.
De acordo com as investigações, a dupla – que trabalha junta na região – teria ido até a residência da família na tarde do crime com uma viatura caracterizada. Eles estariam fardados. Nas imagens usadas pela Polícia Civil, de acordo com o advogado da dupla Cláudio Dalledone, um carro para em frente a casa da família, três homens, usando balaclava, descem do veículo e invadem o local. O inquérito que aponta a acusação dos policiais diz que eles usaram drogas com as vítimas antes do crime e cobravam valores mensais de traficantes da região para fazer ‘vistas grossas’.
Os soldados rebateram as acusações afirmando que trabalham há pouco tempo juntos e que jamais participariam de uma atrocidade como a chacina. “Fiquei espantado quando recebi uma ligação falando que eu era suspeito disso. Estão tentando me incriminar de algo horrível que eu não cometi. Essas testemunhas que basearam as investigações são de traficantes. Disseram que a gente foi até a casa cheirar cocaína, mas cadê isso no vídeo? Por que não usam a mesma câmera para ver se essa informação é verdadeira?”, indaga o soldado Alisson.
Já o policial Michel alega que estava de plantão na região do bairro Pinheirinho, mas no período diurno. “Entrei às 7h e sai às 19h. Levei um choque quando soube disso, minha esposa está grávida, está difícil pra gente. Estou sendo acusado de uma atrocidade. À noite, depois do expediente, fomos jogar carteado e jantar, como fazíamos sempre com outros colegas. Essa acusação é um absurdo”.
Para os soldados, a imagem é rústica e de baixa qualidade. “Não tem como ver e identificar dessa forma. A gente atendia ocorrências e agia de forma preventiva, disse Michel. Eles negaram que soubessem de qualquer informação sobre um tráfico de drogas na casa das vítimas.
Na chacina foram executados: Jaqueline Garcia, 33 anos, que estava grávida de 6 meses; os dois irmãos adolescentes, Kauane Garcia Dias de Farias, 17 anos, e Ailton Augusto Dias de Farias, 14; e o alvo da execução identificado como Jonathan Pereira Veloso, 29 anos. Uma criança de 5 anos, filha do casal, foi poupada e encontrada pelas ruas gritando por socorro.
A Polícia Civil informou em uma coletiva de imprensa que o caso segue sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e está sob segredo de Justiça.
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