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terça-feira, 5 de agosto de 2014

MPL diz, em nota, que não apoia 'o que aconteceu com o coronel da PM'

27/10/2013 15h48 - Atualizado em 27/10/2013 15h49


Movimento, contudo, condena o que considera como violência da PM.
'Continuaremos lutando pela destruição de todas as catracas', afirma.

Do G1 SãoPAULO

Sequência mostra agressão a coronel Reynaldo Rossi no Centro de SP (Foto: Foto: Iacio Teixeira/Coperphoto/Estadão Conteúdo)Sequência mostra agressão a coronel no Centro (Foto: Foto: Iacio Teixeira/Coperphoto/Estadão Conteúdo)
O Movimento Passe Livre (MPL), por meio de um comunicado publicado na página do grupo na internet neste sábado (26), informou que não apoia “o que aconteceu com o coronel da PM”, referindo-se às agressões ao coronel Reynaldo Rossi, durante um tumulto no TERMINAL DE ÔNIBUS do Parque D. Pedro II, no Centro, na sexta-feira (25).
Em contrapartida, a nota elenca e condena uma série de fatos dos quais os integrantes se consideram vítimas, como “o atropelamento de manifestantes por um delegado no Grajaú (Na Zona Sul) nessa quarta-feira (23)”; os espancamentos de membros do grupo que ocorreram em atos realizados em 2006, em 2011 e em 2013, dentre vários outros; “os esculachos de adolescentes e MORADORES DE RUA dentro e fora das delegacias nessa sexta feira; os abusos contra mulheres, como aquelas obrigadas a ficar nuas para a revista após a última manifestação; as mais de 100 prisões arbitrárias; os ferimentos por balas de borracha e bombas de estilhaço de ontem; o bloqueio do (Batalhão de) Choque à entrada dos advogados nas delegacias de polícia; os instrumentos e instrumentistas da Fanfarra do M.A.L. quebrados pela polícia essa semana”.
Segundo o comunicado, a semana nacional de luta por TRANSPORTE PÚBLICO de 2013 “se encerra com catracas queimadas, validadores destruídos e milhares nas ruas pela tarifa zero em todo o país”.
Sobre os violentos episódios que ocorreram na noite de sexta-feira, o MPL afirmou que entrou “no maior terminal de ônibus daAMÉRICA LATINA para realizar na prática a tarifa zero”. “Dezenas de pessoas voltaramPARA CASA sem pagar, contestando a exclusão gerada por um transporte tratado como negócio. A revolta que destruiu as catracas nessa sexta-feira foi acesa pela violência cotidiana do transporte coletivo. E continuaremos lutando pela destruição de todas as catracas”, completou.
Segundo o movimento, depois dos protestos no M’Boi Mirim, no Grajaú e em Campo Limpo, na Zona Sul, as “faíscas não tardarão a chegar à ZONA LESTE e REGIÃO NOROESTE, onde avança a ‘racionalização’ – do rendimento e dos lucros das EMPRESAS DE ÔNIBUS.”
O coronel Reynaldo Rossi, como consequência das agressões sofridas, teve os dois omoplatas fraturados, um integralmente, outro parcialmente, teve lesões na perna, no abdome e duas na cabeça. Em entrevista ao JORNAL NACIONAL, neste sábado (27), ele afirmou ter sido “surpreendido por um grupo de vândalos, de criminosos".
Um vídeo veiculado no YouTube mostra a agressão sofrida pelo coronel. Intitulado“Coronel Da Policia Militar é Agredido em São Paulo 25/10/13”, é possível ver o coronel sendo cercado por um grupo. O comandante tenta se desvencilhar dos agressores e corre. Não é possível identificar o nome do autor da postagem no YouTube. O vídeo pode ser visto na íntegra ao lado.
Suspeito
Um suspeito de participar da agressão ao coronel será transferido para o CENTRO DE DETENÇÃO Provisória (CDP) do Belém, na Zona Leste de São Paulo, segundo o major Mauro Lopes, da sala de comunicação da PM. O comerciário Paulo Henrique Santiago dos Santos, de 22 anos, foi indiciado por TENTATIVA DE HOMICÍDIO e associação criminosa.
O indiciamento do comerciário ocorreu no 1º Distrito Policial, na Sé. Um segundo suspeito de participar da agressão ao coronel prestou depoimento no 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, mas acabou liberado porque a polícia considerou que não havia provas contra ele.
O coronel Benedito Roberto Meira, comandante-geral da PM, havia informado na manhã de sábado que duas pessoas, entre elas Paulo, tinham sido presas em flagrante e indiciadas pela agressão. OG1 não conseguiu localizar o advogado do comerciário para comentar as acusações.

Tumulto
Manifestantes colocaram fogo em ônibus durante protesto em SP (Foto: Nelson Almeida/AFP)Manifestantes colocaram fogo em ônibus
durante protesto (Foto: Nelson Almeida/AFP)
O tumulto começou no início da noite de sexta-feira, após uma passeata pacífica convocada pelo Movimento Passe Livre (MPL) que percorreu ruas da região central de SÃO PAULO.
Mascarados danificaram 15 CAIXAS ELETRÔNICOS, colocaram fogo em um ônibus e destruíram os vidros de outro. Vários coletivos foram pichados e grades e bilheterias, quebradas.
O terminal precisou ser fechado por causa da confusão. A PM divulgou nota neste sábado para informar que foram quebrados: orelhões, extintores, catracas, 15 caixas eletrônicos, bilheterias, banheiros e quiosques.
Mascarados roubaram cerca de R$ 1,5 mil de uma cabine do terminal.
Na região da Rua 25 de Março, portas de todas as lojas foram amassadas na Ladeira General Carneiro com a Praça Manoel da Nóbrega. Na loja Ibis, os vidros quebrados e paredes pichadas.AGÊNCIAS BANCÁRIAS, como Santander, HSBC, Bradesco, Itaú e Safra, além da Defensoria Pública e Edifício Cidades também tiveram os vidros quebrados.

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