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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Muçulmana acusa de preconceito de segurança e Policial Militar

DISCRIMINAÇÃO

Professora diz que sofreu constrangimento

Muçulmana acusa de preconceito segurança de colégio judaico em SP

FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL 

A professora Patrícia Soares, 41, acusa de preconceito um segurança do colégio judaico Iavne, nos Jardins (zona oeste de SP). Muçulmana, Patrícia diz também que foi constrangida pelo segurança e por policiais militares chamados por ele. Ela prestou queixa.
A direção da escola diz que foi caso isolado e que ensina a boa convivência com outras religiões.
Na manhã de domingo, Patrícia diz ter parado diante da escola para ver as flores do local. Como não há identificação na fachada, ela perguntou a uma pessoa que entrava no prédio o que funcionava ali. Em seguida, diz que, ao descer a rua, foi seguida por um segurança de terno cinza, de cerca de 1,80 m, com um rádio comunicador.
A professora afirma que entrou em uma lanchonete. Ao perceber que o segurança ainda a observava, conta que tentou chamar a polícia em um telefone público. Nessa hora, o segurança teria dito: "Você não pode ficar aqui".
Ao insistir, segundo ela, o segurança usou o rádio, e quatro motos da PM chegaram ao local -segundo a professora, os policiais estavam em frente ao colégio, que promovia uma festa.
"Eles tiraram o telefone da minha mão", conta. Patrícia afirma que teve a mochila revistada e foi questionada por ter uma bandeira palestina. "Por quê? É proibido?", foi respondeu. Segundo Patrícia, um PM afirmou que era estranho e emendou: "Bom, ao menos não tem nenhuma bomba".
Ela registrou o caso como perturbação da tranqüilidade. Os acusados não foram identificados. "Tenho amigos judeus. O que não aceitarei é esse constrangimento. Entrarei na Justiça para pedir retratação. Também vou à ouvidoria reclamar dos policiais."
A reportagem da Folha, ao parar em frente ao colégio na última terça, foi abordada por um homem, de 25 anos aparentes, com um rádio comunicador. "O que você quer aqui?", perguntou. Depois, ele seguiu a reportagem até que esta deixasse o local.


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Folha de S.Paulo - Discriminação: Muçulmana acusa de preconceito segurança de colégio judaico em SP - 11/03/2005

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