Minas Gerais teve oito policiais expulsos por mês nos últimos três anos
Segurança
Apurações de corregedorias resultaram em 290 demissões de militares e agentes civis desde 2014
Motivação. Crimes contra a administração pública estão entre os principais motivos para expulsões
PUBLICADO EM 10/04/17 - 03h00
Aline Diniz - Jornal O Tempo
Seis policiais militares presos por suspeita de apreender armas e revender para criminosos de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. Um delegado de Venda Nova, na capital, suspenso por supostamente receber propina para arquivar investigações sobre traficantes. Ambos os casos aconteceram no fim do ano passado e suscitaram trabalhos de investigação nas corregedorias. Nos últimos três anos, esse tipo de atuação rendeu 290 expulsões de policiais civis e militares de Minas – uma média de oito por mês. O número sobe para 380 quando contabilizados os servidores afastados.De acordo com a Polícia Civil, os principais motivos dessas demissões são crimes contra a administração pública, como concussão (exigir vantagem indevida), extorsão e corrupção passiva. Já a Polícia Militar (PM) cita crimes contra o patrimônio, concussão e delitos de deserção (quando o militar não comparece ao trabalho por mais de oito dias sem apresentar justificativa).
Para especialistas ouvidos pela reportagem, o cometimento de crimes por policiais é grave, e o trabalho de apuração das corregedorias deveria ser conduzido por um órgão independente das polícias, evitando o corporativismo e garantindo transparência. Atualmente, as transgressões de policiais são investigadas pelas próprias corporações.
Nas duas polícias, uma espécie de sindicância é instaurada para apurar denúncias contra agentes. As acusações podem partir da sociedade, de colegas de serviço, de outras investigações, entre outros. Durante o processo, o policial continua recebendo salário e tem direito à defesa. A remuneração só é suspensa em caso de expulsão. A conclusão das apurações é o que vai decidir a sanção aplicada, que pode variar de afastamento e advertência a expulsão. Para crimes mais graves, inquéritos são produzidos de forma paralela e remetidos à Justiça, que determina ou não a prisão. Os policiais também podem ser detidos em caso de flagrante. Quando uma vaga é aberta nas corporações, os agentes são repostos por meio de concursos públicos.
PAD. Na PM, o procedimento que decide ou não pela permanência de um policial na corporação se chama Processo Administrativo Disciplinar (PAD). De acordo com dados da corregedoria da corporação, entre 2014 e 2016 foram instauradas 346 dessas medidas. Entre esses processos, 185 (53%) resultaram na expulsão do servidor.
Nos primeiros meses deste ano, a corregedoria instaurou 23 PADs, que culminaram em 14 demissões, índice que representa 60% dos casos. O PAD é conduzido por uma comissão de três policiais indicados pela corregedoria.
Opinião
“A Polícia Militar é hierarquizada. O sistema de correção começa desde a ponta, cada comandante de batalhão tem poder disciplinar com relação aos policiais. Eles podem, inclusive, instaurar processos administrativos dependendo da falta cometida pelo militar.” Coronel Márvio Moreira, corregedor da PMMG“As corregedorias são naturalmente corporativas, quando o crime cometido coloca em xeque a corporação, geralmente a punição é mais severa.” Robson Sávio, especialista em segurança
Vale do Jequitinhonha
Família sofre com impunidade
Há mais de dois anos, a família de um policial civil supostamente assassinado por um militar em Malacacheta, no Vale do Jequitinhonha, espera por uma resposta.O crime aconteceu em setembro de 2014, quando o investigador estava escutando som alto na casa de sua mãe. A Polícia Militar chegou, e uma discussão entre agentes terminou com agressão física e tiros. “Ele (militar) continua trabalhando normalmente. Todos me perguntam o que aconteceu, mas ninguém (da PM) nunca me procurou, e o julgamento não foi marcado” conta a mulher da vítima.
A corregedoria da PM informou, em nota, que um auto de prisão em flagrante foi decretado. Um processo foi instaurado na Justiça Militar, que se declarou incompetente para julgar o caso por se tratar de um crime doloso contra a vida. Os autos foram encaminhados para a Justiça comum em outubro de 2014. (AD)
Saiba mais
Rigor. As polícias Militar e Civil informaram que investigam todos os fatos relacionados a cometimento de crimes ou comportamentos ilícitos.Investigações. Os seis policiais militares suspeitos de revender armas em Ribeirão das Neves estão detidos, e o Processo Administrativo Disciplinar está em fase de instauração. Já o delegado suspenso por suspeita de receber propina para arquivar investigações está de licença médica, e os inquéritos administrativo e criminal estão em fase final.
Estado. A Polícia Militar tem atualmente 19 subcorregedorias, que abrangem todas as regiões de Minas Gerais. Já a Polícia Civil mantém um delegado ligado à corregedoria em cada uma das regionais. O policial é responsável por investigar casos leves e com menor potencial ofensivo, além de remeter as situações graves para Belo Horizonte.
assim fazer a emissão do seu contra cheque, basta acessar o link a seguir:https://intranet.policiamilitar.mg.gov.br/ e digitar o que é pedido corretamente. (Se preferir, basta clicar na imagem abaixo para ser redirecionado diretamente para o site Intranet PMMG).
A Intranet PMMG trata-se de uma rede de computadores privadas que somente pode ser utilizada pela corporação da polícia militar do estado de Minas Gerais. A Intranet PMMG tem seu acesso restrito a uso exclusivo para os soldados e oficiais.
Somente terão acesso à Intranet PMMG aqueles que informarem devidamente o login e a senha de usuários, nos campos devidos.
A Polícia Militar de Minas Gerais é titulada como PMMG, conhecida por se tratar de uma força pública estadual, um órgão permanente, comandado por um Oficial da ativa do último posto.
A PMMG atua no estado de Minas Gerais unicamente pa…
Militar reformado do Exército Brasileiro. só tira a farda para ir a igreja
Fonte: BLOG DA RENATA Sargento Áureo, de 73 anos, construiu minimuseu em sua casa de cor verde. Mesmo aposentado, militar continua trabalhando e servindo à Pátria. É desta forma que o sargento m sua casa, na Rua Tabajara, Bairro Arigolândia emPorto Velho, para contar um pouco da história de amor dedicado ao Exército Brasileiro. Enganado pela própria memóriisa da ajuda do filho para contar a história e relembrar as datas mais importantes da sua vida. Casado há 42 anos com Dulce Silva Leite, de 62 anos, ele tem quatro filhos e oito netos. Segundo ele, a esposa é mulher dedicada, amável, boa mãe e esposa com quem compartilha bons momentos de sua vida. Parte da família do militar. Ao fundo, presente de aniversário que recebeu de militares (Foto: Ivanete Damasceno/G1) Dulce conta que seu marido só usava os uniformes de militar, mas que aos poucos conseguiu fazer com que ele começasse a
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