Ex-policial que matou vigilante é condenado a 16 anos de reclusão
há 4 meses
2 visualizações
Jurados
do 1º Tribunal do Júri de Belém, presidido pelo juiz Edmar Pereira,
condenaram, nesta segunda-feira, 12, o instrutor de educação física João
Paulo Souza Rodrigues, 31 anos, ex-soldado PM, réu confesso da morte de
Alan José de Souza Brito, 35 anos, vigilante, casado, pai de dois
filhos. A pena base, de 17 anos, foi reduzida em um ano por ter
confessado a autoria do crime sendo fixada em definitivo em 16 anos de
reclusão, em regime inicial fechado. O promotor de justiça José Rui de
Almeida Barbosa sustentou a acusação contra o réu de ser autor de
homicídio simples, com pena prevista de 6 a 20 anos de prisão. Três
testemunhas prestaram depoimentos, duas delas de acusação, que estavam
com a vítima no momento do disparo. Conforme os depoimentos das
testemunhas, o vigilante estava em uma festa com os amigos e quando
estavam saindo, João Paulo Rodrigues passou de carro por cima de seus
pés em uma rua estreita. Ainda conforme os relatos, das testemunhas Alan
Brito teria dito “passa por cima”, foi quando o condutor parou o carro e
efetuou os disparos de arma de fogo. Silvandro Henrique de Souza, tio
do acusado, compareceu ao júri e prestou informações. Ele contou que
estava com João Paulo Rodrigues e ambos haviam bebido e retornavam para
casa. A versão do depoente foi de que, ao passarem pelo local, uma rua
estreita, a vítima estava armada em companhia de mais dois, teriam
batido na lataria do carro, e gritado para saírem do veículo. Em
interrogatório o réu confessou ter efetuado disparos contra a vítima,
alegando ter agido em legítima defesa. O ex-militar disse que a arma
usada era de uso da PM e que ele estava há oito meses na corporação, mas
foi expulso por causa desse episódio. A versão do réu é a de que a
vítima se colocou no meio da passagem estreita, obrigando-o a parar. O
advogado de João Paulo Rodrigues, Alcindo Vogado Neto, apresentou aos
jurados a tese da excludente de ilicitude, de que o ex-policial agiu em
legítima defesa própria. No final do júri o advogado informou que vai
interpor recurso de apelação “em razão dos jurados terem votado em
contrário às provas dos autos”. O crime ocorreu na madrugada do dia 08
de março de 2009, na passagem Pedreirinha, no Guamá, em Belém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário