Agente penitenciário era chefe de grupo criminoso em Minas Gerais
Homem foi preso durante a operação Bout, em Governador Valadares.
Conversas telefônicas levaram à identificação dos criminosos.
O promotor Evandro Ventura detalhou, durante coletiva na manhã desta sexta-feira (23), a forma de ação do grupo criminoso investigado pelo comércio ilegal de arma de fogo e munição no Leste de Minas. Durante a operação Bout, desencadeada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e as polícias Civil e Militar, em Governador Valadares (MG), duas pessoas foram presas preventivamente, incluindo um agente penitenciário, considerado chefe da organização.
Segundo o promotor, o agente penitenciário, que estava em ajustamento funcional, levava uma vida luxuosa, fora dos padrões compatíveis com o salário do cargo. “Ele era proibido por um laudo psicológico de ter contato com presos, tanto que era lotado no canil, e também de portar arma de fogo; ou seja para trabalhar não poderia portar arma de fogo, mas para ganhar dinheiro com sua criminalidade, ele poderia portar arma de fogo.”
Dos mandatos de busca e apreensão expedidos, oito foram cumpridos nas residências do agente penitenciário e de cinco irmãos dele; dois deles também trabalhavam no sistema penitenciário e usavam de seus cargos para facilitar os planos da organização criminosa. A investigação apontou ainda que os membros do grupo criminoso estariam envolvidos com o tráfico de drogas, agiotagem e prática de crimes ambientais.
Investigação
O MP chegou até a quadrilha após analisar conversas telefônicas em celulares que haviam sido apreendidos em dezembro de 2015, durante a operação Consórcio, que combatia o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Algumas das armas vendidas pelos criminosos eram de uso restrito das forças armadas e foram vendidas por valores elevados; ainda não foi possível identificar a origem de todo o armamento. Segundo o promotor Evandro Ventura, as conversas telefônicas são da metade de 2015 e acredita-se que o grupo operava na cidade a mais tempo.
O MP chegou até a quadrilha após analisar conversas telefônicas em celulares que haviam sido apreendidos em dezembro de 2015, durante a operação Consórcio, que combatia o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Algumas das armas vendidas pelos criminosos eram de uso restrito das forças armadas e foram vendidas por valores elevados; ainda não foi possível identificar a origem de todo o armamento. Segundo o promotor Evandro Ventura, as conversas telefônicas são da metade de 2015 e acredita-se que o grupo operava na cidade a mais tempo.
Um investigador da PC, que teria comprado armas do grupo criminoso, também é investigado pelo MP. Segundo o promotor, ainda não há elementos suficientes para que o pedido de afastamento de função seja feito contra o policial. A promotora Ingrid Velozo explicou ainda que os agentes penitenciários registravam boletins de ocorrência por supostos furtos das armas que eles usavam, onde as testemunhas eram o líder do grupo ou algum dos irmãos, o que facilitava a venda das armas.
Ao todo, foram cumpridos dois mandados de prisões preventivas, 16 mandados de busca e apreensão, três afastamentos de função pública e ainda três prisões em flagrante, por porte ilegal de arma de fogo, entre eles contra um sargento da PM e um empresário. Na casa do sargento os policiais encontraram quatro armas de fogo e quatro placas de coletes a prova de balas. Cinco veículos, vários celulares e computadores também foram apreendidos durante a operação.
O material e os presos foram levados para a delegacia da cidade.
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