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quinta-feira, 28 de junho de 2018

Vítima de estupro não reconhece PM; ele estava em Ubatuba, diz defesa

Vítima de estupro não reconhece PM; ele estava em Ubatuba, diz defesa

Luís Adorno
Do UOL, em São Paulo
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  • Divulgação
    À esquerda, criminoso que estuprou jovem flagrado em vídeo; à direita, PM que era considerado suspeito pela Polícia Civil
    À esquerda, criminoso que estuprou jovem flagrado em vídeo; à direita, PM que era considerado suspeito pela Polícia Civil
O cabo da PM (Polícia Militar) suspeito de estuprar uma técnica em nutrição de 18 anos, no último dia 14 de janeiro, no Aricanduva, zona leste de São Paulo, teve a prisão temporária revogada depois de se apresentar à delegacia, na tarde desta segunda-feira (22), prestar depoimento e ser submetido a um exame de reconhecimento, em que ele não foi apontado pela vítima como o autor do crime.
O policial era suspeito por ter um carro da mesma marca, modelo e cor do utilizado no crime, flagrado por uma câmera de segurança. Além disso, 41 dias antes, na mesma região da capital paulista, o policial teve de assinar um termo circunstanciado por supostamente ter assediado uma estudante de 19 anos na rua.
UOL teve acesso ao auto de reconhecimento pessoal assinado pela vítima do estupro em que ela não aponta o cabo da PM como o autor do crime. A reportagem também teve acesso à consulta parcial do "Sem parar" do carro do PM, que mostra que o veículo saiu de São Paulo, sentido litoral, por volta das 6h do dia 13, e retornou à capital por volta das 18h do dia 14. O estupro ocorreu às 7h.
A Polícia Civil entende que ele não foi o autor do estupro, flagrado por câmeras de segurança, e faz buscas para tentar localizar o criminoso. Segundo o advogado João Carlos Campanini, que acompanhou o policial no 66º DP (Distrito Policial), no Jardim Aricanduva, o cabo estava em Ubatuba, no litoral, no momento em que o estupro ocorreu.
Além disso, o advogado informou que o PM foi colocado no mesmo local do crime e na mesma posição em que o criminoso aparece nas imagens. Lá, pode-se notar que o PM é mais baixo do que o criminoso, além de ter o tom de pele mais escuro.
Na esquina em que a jovem foi arrastada pelo criminoso, é possível ver que o estuprador olha a chegada dela, em uma fresta, com grades, que tem na parede de uma casa. "Meu cliente não enxergaria pela grade sem levantar os pés", disse ao UOL.
Para Campanini, o policial "foi investigado por ter carro igual e morar na mesma rua". Pelas imagens, não é possível identificar a placa do carro utilizado no crime. Investigadores da Polícia Civil e peritos que compararam, a pedido da reportagem, na segunda-feira (22), o vídeo e a foto do PM já haviam dito que pareciam não ser a mesma pessoa.
A SSP (Secretaria da Segurança Pública) informou que o 66º DP instaurou inquérito para investigar o estupro e que "mais detalhes não serão divulgados para não atrapalhar o trabalho policial, bem como para preservação da vítima de violência sexual", afirmou. O ouvidor da Polícia, Julio Cesar Neves, continua acompanhando o caso.

"Vídeo pode ter espantado o criminoso", diz mãe

A mãe da vítima lamentou ao UOL que o vídeo tenha sido amplamente divulgado no final de semana, com receio de que isso prejudique o trabalho de investigação da polícia. "Assim como a gente soube [do vídeo] e vocês [da imprensa] souberam, o bandido também soube. A polícia disse que o vídeo pode ter espantado o criminoso", afirmou.

ATENÇÃO: AS IMAGENS DO CRIME SÃO FORTES

De acordo com a mãe, uma auxiliar de limpeza de 37 anos que não será identificada pela reportagem, a filha está "completamente abalada e se recusa a falar ou relembrar o assunto". A jovem foi submetida a exame sexológico e foi atendida pelo serviço Bem Me Quer, do hospital estadual Pérola Byington, em São Paulo.
"Ela foi bem atendida, tanto na delegacia quanto no hospital. Agora, está descansando e sob os cuidados da família. A gente fica revoltada, mas queremos Justiça. O meliante que fez isso tem que pagar de um jeito ou de outro", disse a mãe.
A vítima foi atacada por volta das 7h. O homem, que dirigia um Fiat Siena preto, desce, espera a vítima se aproximar e a puxa pelos braços. Ele obriga a mulher a entrar no banco de trás do veículo.
Dentro do carro, o criminoso manteve uma arma apontada para a vítima e a estuprou por 30 minutos, segundo a Polícia Civil. À polícia, a vítima relatou que não sabe se o criminoso usou preservativo. Enquanto a estuprava, ele impediu que ela olhasse seu rosto.

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  1. Avatar de wilgarga

    wilgarga

    6 meses atrás
    Eu não sou policial mais vou dar uma dica: Q tal ver a direção que o carro tomou dps do ocorrido e pegar outras imagens, ( pq hj em dia quase tds lugares tem cameras) destes locais tenho certeza que vão ter até a cara dele em uma imagem melhor falta é vontade, se fosse filha de alguem da alta sociedade já teriam até o DNA dele.
  2. Avatar de anselmo.sp

    anselmo.sp

    6 meses atrás
    Talvez por esta inocente ser filha de faxineira nenhuma feminista ou organização do tipo se importe e lute por justiça. É um crime hediondo, e este animal para fazer isto com certeza tem experiencia nisto, e já deve ter cometido mais crimes, se já não fez outros após este. Mas só digo uma coisa, o que é dele está guardado.
  3. Avatar de Mart 6

    Mart 6

    6 meses atrás
    Quando o suspeito e Policial fica mais difícil ne ?
  4. Avatar de Edivan

    Edivan

    6 meses atrás
    Engraçado, não estou vendo aqui as mesmas pessoas que, na matéria passada, já julgaram e CONDENARAM o PM, querendo até a pena de morte... Kd vcs? Quantos carros desse modelo e cor existem SÓ EM SP? Já pensaram q um vagabundo desse pode um dia fazer isso utilizando um carro igual ao seu? Aí vc tbm vai virar suspeito e já ser condenado e julgado pelos "juizes da internet"? Principalmente os que ODEIAM a PM, pq será neh? Estou esperando os que comentaram na matéria passada...
  5. Avatar de Herbert

    Herbert

    6 meses atrás
    Se a policia tivesse um sistema de reconhecimento de padrões eficiente ela poderia ler a placa do carro, sim!
  6. Avatar de Visitante

    Visitante

    6 meses atrás
    Dias atras, um bandido (ou sei la quem) assassinou o delegado Fabio Monteiro. Sabe o que fizeram para desvendar o caso? Montaram uma força tarefa envolvendo as FORÇAS ARMADAS + POLICIA CIVIL + POLICIA MILITAR + POLICIA FEDERAL e prenderam aproximadamente 20 SUSPEITOS. Agora temos o caso aqui da pobre garota que sofreu essa violencia nojenta, provavelmente por um PM, e....... cade a vontade politica de resolver o caso trancafiando o elemento? Porque é sempre mais dificil provar culpabilidade de PMs...... mais claro que isso, impossivel.
  7. Avatar de reinalf

    reinalf

    6 meses atrás
    Será que ja teve ameaça??
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