Edição do dia 10/04/2018
10/04/2018 21h36 - Atualizado em 10/04/2018 21h36
Amigo de Temer, coronel Lima recebia e distribuía propina, afirma MP
Lima e José Yunes são réus no processo em que ex-deputados do MDB são acusados de integrar organização criminosa.
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No complemento da denúncia contra amigos do presidente Michel Temer, o Ministério Público afirmou que o coronel João Baptista Lima Filho arrecadou propina para o MDB e para Temer. O coronel Lima e outro amigo do presidente Temer, o advogado José Yunes, estão no grupo de acusados que vão responder a processo.
Os procuradores afirmam que o amigo do presidente Michel Temer, o ex-coronel da PM João Baptista Lima Filho, tinha o papel de auxiliar os demais integrantes do núcleo político na arrecadação de propina, em especial seu líder, Michel Temer.
O documento do Ministério Público Federal cita relatos de Ricardo Saud, ex-diretor da J&F, e do operador do MDB, o doleiro Lúcio Funaro, e menciona os documentos que foram encontrados na empresa Argeplan, que pertence ao coronel Lima, relacionados a Temer.
No complemento da denúncia, o Ministério Público afirma que os documentos indicam que “João Baptista Lima Filho faz a gestão do recebimento de recursos e doações de campanha para Michel Temer há décadas e que confirmam tudo o que já foi exposto sobre as condutas recentes do coronel Lima no âmbito da organização criminosa”.
Lima e outro amigo de Temer, o ex-assessor José Yunes, se tornaram réus no processo em que ex-deputados do MDB da Câmara, são acusados de integrar uma organização criminosa com indícios de intermediação de propina para beneficiar o partido.
O Ministério Público Federal afirma que “cabia a Yunes auxiliar os demais integrantes do núcleo político na arrecadação da propina, por meio do recebimento da vantagem indevida, de forma dissimulada, como doações ao partido, ou mesmo via caixa dois, contribuindo assim para o projeto de poder da organização criminosa”.
Yunes foi citado pelo delator Lúcio Funaro que contou que foi ao escritório de Yunes pegar R$ 1 milhão da Odebrecht. O dinheiro seria para o ex-ministro Geddel Vieira Lima.
Yunes falou para a Polícia Federal que o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, pediu a ele em 2014 para receber apenas um documento em seu escritório, mas Funaro disse na delação que Yunes sabia que se tratava de uma entrega de dinheiro.
De acordo com os procuradores, “a atuação de Yunes como recebedor de propina em nome da organização criminosa, não apenas era consciente, como também não foi a única conduta da espécie praticada por ele”. E que se “não fosse esse o papel de José Yunes na organização criminosa, não haveria qualquer motivo para que a entrega fosse feita em seu escritório”.
José Yunes e coronel Lima chegaram a ser presos em março, na Operação Skala, que investiga se empresas do setor de portos foram beneficiadas por um decreto assinado pelo presidente Michel Temer em troca de propina.
José Yunes e o coronel Lima foram incluídos em denúncia apresentada em 2017 contra os ex-deputados, do MDB Eduardo cunha, Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves.
O documento do Ministério Público Federal cita relatos de Ricardo Saud, ex-diretor da J&F, e do operador do MDB, o doleiro Lúcio Funaro, e menciona os documentos que foram encontrados na empresa Argeplan, que pertence ao coronel Lima, relacionados a Temer.
No complemento da denúncia, o Ministério Público afirma que os documentos indicam que “João Baptista Lima Filho faz a gestão do recebimento de recursos e doações de campanha para Michel Temer há décadas e que confirmam tudo o que já foi exposto sobre as condutas recentes do coronel Lima no âmbito da organização criminosa”.
Lima e outro amigo de Temer, o ex-assessor José Yunes, se tornaram réus no processo em que ex-deputados do MDB da Câmara, são acusados de integrar uma organização criminosa com indícios de intermediação de propina para beneficiar o partido.
O Ministério Público Federal afirma que “cabia a Yunes auxiliar os demais integrantes do núcleo político na arrecadação da propina, por meio do recebimento da vantagem indevida, de forma dissimulada, como doações ao partido, ou mesmo via caixa dois, contribuindo assim para o projeto de poder da organização criminosa”.
Yunes foi citado pelo delator Lúcio Funaro que contou que foi ao escritório de Yunes pegar R$ 1 milhão da Odebrecht. O dinheiro seria para o ex-ministro Geddel Vieira Lima.
Yunes falou para a Polícia Federal que o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, pediu a ele em 2014 para receber apenas um documento em seu escritório, mas Funaro disse na delação que Yunes sabia que se tratava de uma entrega de dinheiro.
De acordo com os procuradores, “a atuação de Yunes como recebedor de propina em nome da organização criminosa, não apenas era consciente, como também não foi a única conduta da espécie praticada por ele”. E que se “não fosse esse o papel de José Yunes na organização criminosa, não haveria qualquer motivo para que a entrega fosse feita em seu escritório”.
José Yunes e coronel Lima chegaram a ser presos em março, na Operação Skala, que investiga se empresas do setor de portos foram beneficiadas por um decreto assinado pelo presidente Michel Temer em troca de propina.
José Yunes e o coronel Lima foram incluídos em denúncia apresentada em 2017 contra os ex-deputados, do MDB Eduardo cunha, Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves.
O ex-assessor da presidência Rodrigo Rocha Loures e o delator Lúcio Funaro também foram denunciados. Todos são réus desde segunda (9), após a Justiça Federal aceitar a denúncia.
O presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, foram investigados e denunciados no mesmo caso, mas a Câmara rejeitou a continuidade das investigações.
O que dizem os citados
O Palácio do Planalto declarou que as atribuições do coronel João Baptista Lima Filho em campanhas do presidente Michel Temer sempre foram pautas pela legalidade, lisura e correção. Segundo o Planalto, essa é uma acusação requentada e que tem como único objetivo manter campanha difamatória contra o presidente.
O Palácio do Planalto declarou que as atribuições do coronel João Baptista Lima Filho em campanhas do presidente Michel Temer sempre foram pautas pela legalidade, lisura e correção. Segundo o Planalto, essa é uma acusação requentada e que tem como único objetivo manter campanha difamatória contra o presidente.
Já o advogado do coronel Lima disse que só vai se manifestar após ter acesso ao teor da denúncia e que o coronel nega a prática ou participação em qualquer conduta irregular ou ilícita.
A defesa de José Yunes disse que a denúncia não encontra respaldo em prova e que ele jamais recebeu dinheiro ilícito da Odebrecht ou de outra empresa.
A defesa de Geddel Vieira Lima afirmou que o ex-ministro vai comprovar sua inocência em juízo.
O ministro Eliseu Padilha disse que só vai se manifestar nos autos.
O MDB não quis se manifestar.
A defesa de José Yunes disse que a denúncia não encontra respaldo em prova e que ele jamais recebeu dinheiro ilícito da Odebrecht ou de outra empresa.
A defesa de Geddel Vieira Lima afirmou que o ex-ministro vai comprovar sua inocência em juízo.
O ministro Eliseu Padilha disse que só vai se manifestar nos autos.
O MDB não quis se manifestar.
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- Íria Santana
HÁ 3 MESESCom todas essas provas o que está faltando pra prender esses pilantras? Por que não prendem logo essa quadrilha? Quem defende é porque é da mesma laia. - Reginaldo Quadros
HÁ 3 MESESCadê os paneleiros???? E o pato amarelo??? Acabou a indignação??? E aquela dancinha ridícula do impeachment???? Estão morrendo de vergonha????
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