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quarta-feira, 27 de junho de 2018

Coronel amigo de Temer alega problemas psicológicos ao se negar a depor

Joelmir Tavares
SÃO PAULO
O coronel João Baptista Lima, preso pela Polícia Federalnesta quinta-feira (29), se recusou a prestar depoimento nesta sexta (30), alegando problemas físicos e psicológicos.

Coronel Lima é preso pela PF e levado de ambulância para hospital em São Paulo
Coronel Lima é preso pela PF e levado de ambulância para hospital em São Paulo - Reprodução
“Em decorrência do quadro de saúde que ele mantém e da própria circunstância de estar aqui hoje acautelado, ele não revelou condições psicológicas e físicas de prestar seu depoimento”, afirmou o advogado Cristiano Benzota, que representa o coronel.

Ao ser preso, Lima passou mal e foi encaminhado para o hospital Albert Einstein. O depoimento dele estava previsto para a tarde desta sexta. Uma nova data será marcada, segundo o advogado, que fez um pronunciamento rápido e não respondeu a perguntas de jornalistas ao sair da superintendência da PF em São Paulo.

Lima “nega veementemente todas as imputações que lhe são feitas”, afirmou Benzota. O coronel foi detido na Operação Skala, que apura um esquema de propinas envolvendo o setor portuário e que implica o entorno do presidente Michel Temer.

Pela manhã, a mulher do coronel da reserva, Maria Rita Fratezi, esteve na PF em São Paulo, onde o marido está preso, para ser ouvida. Ela também é investigada no caso e foi intimada para o depoimento pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Benzota, que também a defende, não explicou se Maria Rita respondeu às perguntas dos investigadores, mas disse que ela nega as acusações e não tem participação na gestão da PDA Projeção e Direção Arquitetônico Ltda., envolvida na apuração. “Por essa razão, ela não tem como dar maiores explicações acerca dos fatos”, disse ele.
Como a Folha publicou em fevereiro, o coronel conseguiu adiar, ao longo de oito meses, as tentativas da Polícia Federal de ouvi-lo no inquérito que apura supostas irregularidades em decreto do setor portuário.

Ele apresentou pelo menos três atestados médicos para dizer que não tinha condições de ir à PF para prestar esclarecimentos.
O depoimento do coronel era o último previsto para esta sexta. Ele foi o último também a chegar à carceragem, na noite de quinta, após sair do hospital. O militar da reserva, de 74 anos, já teve um AVC e sofre de problemas crônicos de saúde.
Ao longo do dia, mesmo sendo feriado de Sexta-Feira da Paixão, o movimento foi intenso na sede paulista da PF. Das 13 pessoas que tiveram a prisão pedida pelo Supremo, nove estão no local. Uma foi presa no Rio e outras três estão fora do país e ainda não foram detidas.
Pessoas com malas e com sacolas contendo roupas, aparentemente para presos, também foram vistas entrando no local. Elas não quiseram falar com repórteres que faziam plantão na portaria.
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Coronel amigo de Temer alega problemas psicológicos ao se negar a depor - 30/03/2018 - Poder - Folha


comentários

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ROBERTO DE SOUZA MATOS

30.mar.2018 às 17h10
As normas constitucionais, e o CPP, devem valer para todos, indistintamente, não temos ninguém acima da Lei. Como a toda hora é alegado contra o Lula. Até o presente ainda, não conhecia a utilização deste argumento para não prestar depoimento. Qual é o preso, ou intimado para depor que, não estará com abalos psicológicos para prestar depoimentos.

JULIO SHIOGI HONJO

30.mar.2018 às 18h58
Essa desculpa para não depor é a prova cabal de que teria muito a dizer sobre os malfeitos daquele que quer proteger. Ninguém de bom senso duvida!

PAULO ANTONIO DE FIGUEIREDO

30.mar.2018 às 17h58
O balas todo, gilneandertal ou QQ outra tranqueira do STF logo dará habeas corpus e salvo conduto para ele. Afinal, dentinho tem que ficar em prisão domiciliar, senão

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