Eles são investigados por chacina no bairro do Caputera. Prisão foi na sexta-feira (25).
28/09/2015 15h27 - Atualizado em 28/09/2015 15h27
A Secretaria Estadual de Segurança Pública confirmou na tarde desta segunda-feira (28), a prisão de dois policiais militares por suspeita de envolvimento em uma chacina ocorrida no bairro do Caputera, em Mogi das Cruzes. O crime foi em 24 de janeiro, resultando na morte de três pessoas.
De acordo com a secretaria, os policiais foram presos no fim da tarde de sexta-feira (25). Eles tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça, no Fórum de Mogi das Cruzes. A secretaria informou ainda que não pode dar mais detalhes, pois o caso está em segredo de Justiça.
Investigações
Até agora, em Mogi das Cruzes foram seis ataques a tiros que deixaram 20 mortos, desde o dia 21 de novembro de 2014. As investigações sobre os casos ainda não foram concluídas.
Até agora, em Mogi das Cruzes foram seis ataques a tiros que deixaram 20 mortos, desde o dia 21 de novembro de 2014. As investigações sobre os casos ainda não foram concluídas.
Em julho, a Corregedoria da Polícia Militar disse que o soldado estava afastado do policiamento nas ruas, exercendo funções administrativas. O delegado Marcos Batalha, titular da Seccional de Mogi das Cruzes, informou que "o caso segue em investigação e as diligências prosseguem". O delegado Marcos Batalha informou que o policial militar trabalha no 32º BPM/M.
As mortes aconteceram na madrugada do dia 24 de janeiro, no Caputera. Ivan Marcos dos Santos Souza, de 21 anos, morreu na porta de casa enquanto esperava a entrega de esfirras que havia encomendado. Os outros dois mortos são: Cristian Silveira Filho, de 17 anos e Lucas Tomas de Abreu, de 20 anos. No mesmo dia, outros dois jovens morreram após serem baleados em Jundiapeba.
No dia 15 de julho, o delegado admitiu pela primeira vez que os ataques a tiros registrados em Mogi das Cruzes nos últimos oito meses estão relacionados. Ele disse ao G1 que, as munições usadas pelos atiradores, além dos veículos e o modo de execução, foram os mesmos. "São os mesmos suspeitos que agiram nestas execuções. Todas estas coincidências, além da forma como os crimes foram praticados, levam a crer que foram feitos pelas mesmas pessoas", disse Batalha sem revelar a quantidade de suspeitos identificados.
Questionado sobre uma possível participação de policiais nas execuções, o delegado informou que ainda não era possível adiantar informações sobre os suspeitos. "O que posso dizer é que determinei que essa investigação seja feita com todo o rigor, independentemente de quem seja o suspeito. Fizemos uma força tarefa e a Delegacia Seccional está focada neste caso", informou.
Tiago Nogueira Novaes foi enterrado
no cemitério da Saudade, em Brás Cubas
(Foto: Maiara Barbosa/G1)
no cemitério da Saudade, em Brás Cubas
(Foto: Maiara Barbosa/G1)
Histórico
O último ataque foi no dia 8 de julho, quando cinco pessoas foram baleadas e três morreram. Segundo testemunhas, dois homens passaram atirando em uma moto por volta das 15h, na Rua Professor Gumercindo Coelho, no Jardim Universo. As vítimas tinham entre 15 e 25 anos.
O último ataque foi no dia 8 de julho, quando cinco pessoas foram baleadas e três morreram. Segundo testemunhas, dois homens passaram atirando em uma moto por volta das 15h, na Rua Professor Gumercindo Coelho, no Jardim Universo. As vítimas tinham entre 15 e 25 anos.
No dia 27 de maio, em Jundiapeba seis pessoas foram baleadas e duas morreram. Segundo a polícia, as vítimas são homens, a maioria deles jovens.
Em um ataque ocorrido no dia 27 de abril, matou seis pessoas e deixou duas feridas. Uma das vítimas foi atingida na Rua Gumercindo Coelho. Na ocasião, além do crime na via, a polícia registrou ataques na Vila Nova União, Caputera e Conjunto do Bosque. A distância entre os endereços é de apenas 12 quilômetros. O intervalo entre os assassinatos foi de menos de duas horas.
Marcas na Rua Gumercindo em ataques em abril.
(Foto: Maiara Barbosa/G1)
(Foto: Maiara Barbosa/G1)
Em 24 de janeiro, cinco pessoas foram mortas durante a madrugada em diferentes bairros de Mogi das Cruzes. A primeira ocorrência foi por volta da 1h30 na Rua Waldir Carrião Soares, no Caputera. De acordo com informações do boletim de ocorrência, a PM foi chamada e quando chegou ao local encontrou três pessoas mortas por arma de fogo. Ainda de acordo com a polícia, além dos três mortos, duas pessoas ficaram feridas.
Mais tarde, por volta das 3h10, os crimes foram nas esquinas da Avenida Líbia com a Rua José Pereira, em Jundiapeba. Duas pessoas morreram: um homem de 29 anos e um adolescente de 14.
Na madrugada de 24 de dezembro de 2014, seis pessoas foram baleadas. Os crimes ocorreram em três locais diferentes, no distrito de Jundiapeba e na Vila Cintra, em um intervalo de uma hora. Segundo informações da Polícia Militar, testemunhas disseram que nos três casos os disparos partiram de criminosos que estavam em um gol branco.
Em 21 de novembro de 2014, quatro pessoas morreram e uma ficou ferida após serem baleadas na Vila Natal. De acordo com a Polícia Civil, as vítimas foram atingidas na esquina entre as ruas Vicentinos e Laurentino Alves dos Santos, por volta das 19h30.
Local onde ocorreu a chacina da Vila Natal em novembro de 2014 (Foto: Cristina Requena / G1)
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