cotidiano
Policial militar é preso suspeito de participar da chacina de Carapicuíba
DE SÃO PAULO24/09/2015 11h00
Edison Temoteo/Futura Press/Folhapress Morador observa sangue de vítimas no local dos assassinatos, na região central de Carapicuíba Editoria de Arte/Folhapress Um policial militar foi preso nesta quinta-feira (24) suspeito de participar da chacina que deixou quatro jovens mortos em Carapicuíba na madrugada do último sábado (19).O nome do policial é Douglas Gomes Medeiros, de acordo com o jornal "SPTV", da Rede Globo, na corporação há quatro anos.O policial preso é do 20º Batalhão da Polícia Militar (Barueri, Itapevi e Santana de Parnaíba), já investigado pela chacina de Osasco e Barueri, que deixou 19 mortos um mês antes.Sem antecedentes criminais, segundo a polícia, Matheus Moraes dos Santos, 16, Douglas Bastos Vieira, 16, José Carlos Costa do Nascimento, 17, e Carlos Eduardo Montilha de Souza, 18, foram atacados na rua quando estavam à espera do fechamento do caixa da pizzaria onde trabalhavam. Foram encontrados de bruços e com as mãos na cabeça.Segundo policiais que participam da investigação, os assassinatos teriam sido uma represália a um assalto sofrido pela mulher do PM. Os assaltantes seriam, segundo as investigações, os quatro jovens mortos, que teriam, ainda, agredido a mulher fisicamente.O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou na segunda (21) que não descarta a ligação entre as duas chacinas, embora ainda não haja fato que ligue os ataques.Conforme a Folha informou nesta quinta, há suspeita de que as mortes de agosto estejam relacionadas a outros 13 assassinatos na Grande São Paulo, ocorridos cinco dias antes.O enterro dos jovens, que tinham entre 16 e 18 anos, no domingo (20), foi marcado por gritos e protestos pedindo "justiça".Um grupo com cerca de 30 motociclistas fez buzinaço na porta do cemitério. "Todo esse barulho é o nosso jeito de pedir mais justiça. Os caras eram do bem", disse um dos motociclistas, que pediu para não ser identificado.LETALIDADENa contramão do crescimento recorde de mortes por policiais, o governo Alckmin esvaziou mecanismos de repressão e prevenção criados para reduzir a letalidade policial.As três medidas mais diretas de combate à morte de suspeitos em confrontos foram extintas ou funcionam de forma insuficiente para enfrentar uma problema considerado endêmico.Na terça, Alckmin sugeriu que algumas mortes são inevitáveis. "O ideal seria ter letalidade zero. Mas você tem também criminosos fortemente armados, inclusive com metralhadoras, com armamento importado, com fuzil", disse.De acordo com números divulgados pela Corregedoria da PM, o número de pessoas mortas por policiais até agosto em 2015cresceu 17% em relação ao mesmo período no ano passado. A Secretaria de Segurança Pública, porém, contesta os dados e afirma que os números de agosto ainda não foram divulgados.
Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
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