PM Rodoviário mata cunhado com um tiro em Itanhaém
29 / 07 / 2015 | 07h58
Discussão começou por pagamento de empréstimo para casa própria
O soldado da Polícia Militar Rodoviária Celso Sabino da Costa Filho, de 40 anos, foi preso ontem de manhã, em Itanhaém, acusado de matar com um tiro próximo à axila esquerda e ao coração seu cunhado, o comerciante Marcos Lopes, de 50 anos.
O crime ocorreu durante discussão entre acusado e vítima no endereço onde ambos moravam com as suas famílias, no Balneário Marazul. Segundo o policial, Marcos teria investido contra ele com um pedaço de madeira e, durante briga, a arma do soldado caiu da cintura e disparou acidentalmente.
O policial militar levou em seu próprio carro o cunhado ao Pronto-Socorro do Balneário Vera Cruz, em Mongaguá, mas o comerciante não resistiu ao ferimento e morreu. Nessa mesma unidade, Celso foi medicado por conta das lesões sofridas durante a briga, sendo depois liberado e conduzido ao 3ºDP de Itanhaém.
Versão contestada
Ainda no pronto-socorro, a versão de disparo acidental do soldado foi contestada por uma irmã sua, que é a mulher de Marcos. Segundo ela, aconteceu mesmo o desentendimento, mas o policial atirou intencionalmente no comerciante.
O delegado João José Peres Neves autuou o soldado em flagrante por homicídio qualificado pelo motivo fútil. Já era noite quando Celso foi removido, sob a escolta de colegas de farda, ao Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte de São Paulo.
O local onde vítima e acusado moravam teria sido financiado apenas em nome do comerciante, embora o policial fosse coproprietário e assumisse compromisso de participar do pagamento das prestações e impostos.
O rateio dessas despesas é que teria originado a discussão entre eles. O soldado não estaria honrando os pagamentos devidos, motivando Marcos a iniciar o desentendimento quando o policial chegava em casa após um passeio com os seus cachorros.
A arma usada no crime é uma pistola Taurus calibre .40 pertencente à PM. Além dela, foram apreendidos dois pedaços de madeira com os quais o comerciante teria investido contra o policial militar.
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