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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Cartaz de alunos em SP mostra caveira com farda da Rota

JOSÉ MARIA TOMAZELA
18/09/2015 | 09h19106

Trabalho foi exposto por estudantes de escola em Sorocaba e acabou sendo replicado nas redes sociais, causando polêmica

SOROCABA - Um trabalho escolar sobre violência policial ilustrado com uma caveira com a farda da Rota, força de elite da Polícia Militar do Estado de São Paulo, causa polêmica em Sorocaba, interior paulista. O trabalho foi exposto por alunos da Escola Estadual Aggêo Pereira do Amaral e acabou replicado nas redes sociais. A PM emitiu nota considerando-o ofensivo à corporação e enviou representantes à escola para pedir sua retirada da exposição.
Na quinta-feira, 17, os alunos fizeram um protesto em frente à escola, pedindo respeito à liberdade de expressão. O trabalho foi realizado após um ciclo de palestras para alunos das disciplinas de história e filosofia do segundo ano do ensino médio. Segundo os autores, o objetivo foi "levar a uma reflexão do quanto a polícia viola os deveres morais, éticos e legais com ações que confrontam as leis". Os alunos informaram terem usado como fonte reportagens do Estadão sobre recentes ações policiais que resultaram em mortes de suspeitos.
Na nota, a PM questiona a qualidade do professor Valdir Volpato, que orientou os alunos - há um erro de concordância no texto de apresentação do trabalho - e alega que ele agiu "de forma discriminatória, propagando e incutindo o discurso do ódio em desfavor de profissionais da segurança". Ainda segundo a PM, "estimular trabalhos apenas com pesquisas em internet, matérias jornalísticas e material de criação confeccionado por pessoas parciais, está longe de ser uma metodologia aceitável". O professor informou que não se manifestaria.
A diretora da escola, Regina Viana, defendeu o trabalho, baseado no livro "Vigiar e Punir", de Michel Foucault, e disse que a exposição será mantida até o final, previsto para a próxima semana. Ela informou que convidará a Polícia Militar para uma conversa com os alunos, mas ainda não definiu a data. Nas redes sociais, a maioria dos internautas defendeu a liberdade de expressão, mas houve também defensores do trabalho da PM. A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Sorocaba repudiou a interferência da Polícia Militar em matéria escolar.
PM considerou cartaz ofensivo à corporação
PM considerou cartaz ofensivo à corporação Foto: REPRODUÇÃO
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Victor Barone
Victor Barone
Sugestão, quando um desses alunos for vítima de um crime ao invés de acionar a PM chamem o professor de filosofia que deu a ideia de fazer esse trabalho...
Matheus Piccinin
Matheus Piccinin
Só para recapitular: a polícia usou a censura e a intimidação como contra-argumento de um trabalho escolar que acusava ela de usar ações que contrariam a lei.
Thiago Aragão
Thiago Aragão
Só a reação desequilibrada da PM em relação a esse episódio já demonstra como despreparada está essa instituição para atuar num regime democrático. 

Em vez de atacar alunos, que estão exercendo perfeitamente seu senso crítico, os comandantes deveriam refletir sobre a atuação autoritária e não humanitária de suas tropas. 

A sociedade não se sente protegida por uma instituição que não foi preparada para proteger, mas para atacar. E quanto mais educada for a população, mais criticada será a PM. A educação liberta da opressão!



José Carlos Lobo Barbosa
@Thiago Aragão Seu jovem IDEALISTA! As polícias PROTEGEM DEFENDENDO os cidadãos de bem dos ATAQUES DOS BANDIDOS! Democracia NÃO É DITADURA, mas também NÃO É ANARQUIA! Apologia ao crime, desacato à autoridade e desrespeito a instituição policial se configuram como CRIMES que os professores estimularam nestes alunos! Também acredito que quanto mais educada for a população, mas ORDEIRA e RESPEITOSA com as polícias ela será! A educação cria o senso de dever e ordem necessários a paz. Quando tu tiveres um negócio, quero ver se tu irás estimular mais a BAGUNÇA ou a ORDEM entre seus empregados! 
Fernando Colan
@José Carlos Lobo Barbosa @Thiago Aragão os fatos tao aí na cara d td mundo, os alunos só deram mais evidencia a eles, policia agiu errado pois ela n tem nenhum tipo de autoridade pra estar intervindo em um trabalho escolar, se eles tivessem certos na historia n precisariam ter forçado a retirada do trabalho e mt menos desqualificar o professor
Zezim Zé
@José Carlos Lobo Barbosa , quero ver se acontecer contigo, assassinado , inocente... ér, eu defendia tbm até acontecer com dos meus. Mudando de assunto, la no Japão a policia nem mata inocente pra manter a "ORDEM RESPEITOSA", neim em Cuba, neim na Dinamarca, etc...


Ah, deve ser filho de um desses assassinos né
(tou com medo de postar isso, retalhação)
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