Para delegado, deputado do RN não cometeu desacato em blitz da PRF
Carlos Augusto Maia (PTdoB) foi abordado no dia 1º de agosto em Caicó. Despacho foi encaminhado para a PF, MPF, PRF e Assembleia Legislativa.
05/08/2015 09h01 - Atualizado em 05/08/2015 10h41
Despacho do delegado Helder Carvalhal será
encaminhado para o MPF, PRF, PF e Assembleia
Legislativa (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
encaminhado para o MPF, PRF, PF e Assembleia
Legislativa (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
O delegado de Caicó Helder Carvalhal concluiu que o deputado estadual Carlos Augusto Maia (PTdoB) não desacatou os policiais rodoviários federais que o abordaram durante uma blitz no último sábado (1º). O despacho do delegado foi encaminhado para a Polícia Federal, Ministério Público Federal, e ainda para a superintendência da PRF e para a presidência da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.
"(...) Não consegui enxergar o desacato e resistência. (...) Não vi excesso por parte do deputado”, diz o delegado em seu despacho. Em contato com o G1, Helder Carvalhal explicou que analisou o vídeo feito pelos policiais rodoviários federais e ainda ouviu depoimentos do envolvidos para concluir que não houve desacato.
Segundo ele, o deputado apenas questionou porque os policiais estavam gravando a abordagem. "A análise que eu fiz de todo o quadro - das imagens que eu vi e declarações que eu ouvi - é de que ele não estava exaltado, não houve xingamentos, não houve agressão", disse o delegado.
A Polícia Rodoviária Federal do Rio Grande do Norte afirmou que a declaração do delegado causou estranheza à instituição "tendo em vista que ele não é a autoridade competente para atuar no caso e o papel dele seria apenas o de colher informações para subsisdiar as instituições competentes, no caso a Polícia Federal e o Ministério Público Federal".
A PRF afirmou ainda que há uma determinação do Ministério Público Federal para que todas as ações dos policiais rodoviários federais sejam filmadas para não deixar dúvidas acerca dos procedimentos dos policiais. "O celular é um instrumento de trabalho dos policiais rodoviários federais. Esses smartphones foram, inclusive, comprados pela instituição", informou. A assessoria da PRF informou ainda que foi instaurado um procedimento administrativo na corregedoria para apurar os fatos.
Carlos Augusto Maia é deputado estadual do
PTdoB (Foto: João Gilberto/ALRN)
PTdoB (Foto: João Gilberto/ALRN)
Blitz
O carro em que estava o deputado Carlos Augusto Maia foi parado em uma blitz da PRF no dia 1º de agosto, em caicó, na região Seridó. O parlamentar não estava dirigindo o veículo. A blitz foi montada na saída de um show que acontecia em meio às comemorações da tradicional Festa de Sant'Ana, que atrai milhares de pessoas para a cidade. Na versão da PRF, a discussão entre os policiais e o parlamentar começou quando Carlos Augusto impediu o motorista de descer do carro para fazer o teste de bafômetro.
O carro em que estava o deputado Carlos Augusto Maia foi parado em uma blitz da PRF no dia 1º de agosto, em caicó, na região Seridó. O parlamentar não estava dirigindo o veículo. A blitz foi montada na saída de um show que acontecia em meio às comemorações da tradicional Festa de Sant'Ana, que atrai milhares de pessoas para a cidade. Na versão da PRF, a discussão entre os policiais e o parlamentar começou quando Carlos Augusto impediu o motorista de descer do carro para fazer o teste de bafômetro.
Em nota, o deputado informou que respeita o trabalho realizado pela PRF, mas não concordou com a abordagem adotada pelos agentes. A nota enviada pela assessoria de comunicação diz ainda que o motorista do carro não estava alcoolizado e ressalta que o questionamento do deputado foi mal recebido pelos policiais.
Em uma segunda nota divulgada ainda no dia 1º de agosto o deputado pediu desculpas e reconheceu que não agiu de forma apropriada. "Reagi, sim, e de forma inapropriada - é verdade - ao método de abordagem de alguns agentes que, a meu juízo, ultrapassaram o limite do respeito a que todos cidadãos temos direito. Peço desculpas públicas. Em especial aos amigos, familiares e correligionários. Reafirmo meu respeito às instituições e em especial à Polícia Rodoviária Federal que tem por missão preservar vidas humanas zelando pelo cumprimento das regras de trânsito".
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