O equipamento de trabalho do profissional foi totalmente danificado
- SÃO PAULO
Do R7
Jornalista foi agredido com golpes de cassetete durante protesto
Montagem R7
Dezenas de pessoas ficaram feridas durante as manifestações contra a Copa do Mundo, realizadas na região das estações Carrão e Tatuapé do Metrô, na quinta-feira (12), dia de abertura do Mundial. O jornalista e fotógrafo Cristiano Novais também está entre os feridos. Segundo ele, a polícia agiu de forma extremamente violenta contra manifestantes e profissionais de imprensa.
Novais estava cobrindo os protestos dentro da estação Tatuapé quando a situação começou a fugir do controle. Policiais ordenaram que todos se retirassem do local. Com medo de serem agredidos, os jornalistas pediram para conversar com os policiais para irem embora.
Segundo Novais, só havia jornalistas e policiais naquela parte da estação. Enquanto os profissionais conversavam com o capitão da Força Tática, policiais da Tropa de Choque chegaram por trás do grupo já deferindo golpes de cassetetes.
Novais foi atingido por vários golpes na região da cabeça, tórax e braços. Seu notebook, que estava dentro de uma mochila, ficou totalmente danificado. Dois fotógrafos que estavam próximos a ele também ficaram bastantes machucados. Um terceiro fotógrafo ainda levou um tiro de borracha.
O jornalista foi socorrido no Hospital Tatuapé, onde foi medicado e liberado horas depois. Ele registrou um boletim de ocorrência no 49º Distrito Policial e passou por exame de corpo de delito no IML Leste.
Durante todo o dia, outros profissionais de imprensa também se feriram, entre eles as duas jornalistas da rede americana CNN e um fotógrafo argentino.
Levantamento
De acordo com o Observadores Legais, grupo formado pelo coletivo Advogados Ativistas, ONG de defensores que atuam nas ruas em defesa dos manifestantes, o número de feridos é bem maior. Ao menos 47 pessoas foram detidas e outras 37 receberam atendimento médico durante os protestos. Os dados, divulgados na tarde de sexta-feira (13), foram colhidos das 9h30 até o fim do dia.
Para o secretário de segurança pública Fernando Grella, a ação da PM foi considerada positiva, pois conseguiu garantir o direito de ir e vir da população. Segundo o comandante geral da Polícia Militar, Coronel Meira, um inquérito policial foi instaurado para investigar possíveis excessos cometidos pelos policiais.
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