Centenas de policiais morrem todo ano em serviço, assim como marginais e jovens negros de periferia.
A morte do policial da Força Nacional no Rio de Janeiro, no entanto, mereceu duas manifestações inusitadas. Do Ministro da Justiça Alexandre Morais, tratando-o como "herói do nosso povo" - designação que se dá a quem tomba no campo de batalha enfrentando inimigo externo. Do interino Michel Temer a decretação de luto oficial.
Por qualquer prisma, há que se lamentar a morte do soldado. Mas é evidente que há uma vontade no ar de estimular o clima de guerra interna.
Há duas intenções nisso.
A primeira, de fortalecer o governo recriando o mito do inimigo interno. Funcionou com o PT. Com o PT fora de combate há que se recriar outro inimigo no imaginário nacional.Obviamente vai sobrar para os movimentos populares.
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